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Como tarifaço de Trump pode atrapalhar filmes do Brasil em premiações

Presidente americano anunciou que vai passar a taxar em 100% longas produzidos fora dos Estados Unidos

Por Amanda Capuano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 set 2025, 16h36 - Publicado em 29 set 2025, 16h19

Em mais um capítulo de suas investidas em tarifaços, Donald Trump anunciou nesta segunda-feira, 29, que vai passar a taxar em 100% todos os filmes produzidos fora dos Estados Unidos. O presidente americano não explicou como pretende fazer isso, nem a partir de quando a medida entra em vigor, mas o audiovisual brasileiro já estuda os possíveis efeitos da medida para a indústria nacional caso a taxa incida sobre filmes estrangeiros no geral.

Diretor de inovação e políticas audiovisuais da Spcine, o executivo Emiliano Zapata explica que a forma mais provável de Trump colocar sua tarifa em prática é aplicando a mesma no sistema de distribuição, responsável por levar os longas para as salas de cinema dos Estados Unidos. “Quando um filme internacional ou uma coprodução entra no mercado americano, há uma série de taxas que se pagam para entrar nesse sistema de distribuição. Quando ele fala em taxar em 100%, o que se entende é que esse valor, que hoje já existe, seja multiplicado por dois”, analisa ele.

Caso a medida de Trump se confirme para filmes estrangeiros como um todo, longas brasileiros podem ter mais dificuldade de penetrar no mercado americano, que costuma abrir portas preciosas para as premiações como o Oscar e o Globo de Ouro. Isso porque, para ter uma campanha competitiva, longas internacionais precisam ser adquiridos por distribuidoras americanas, que podem ter de arcar com o novo custo. “É quase como criar um bloqueio. Já é difícil entrar nesse mercado. Se essa dificuldade dobra, isso pode se tornar um risco que não vale a pena correr”, projeta ele.

Os impactos práticos, no entanto, ainda são difíceis de prever, já que não há detalhes sobre como a taxação vai funcionar, nem qual será sua abrangência. Há, por exemplo, a possibilidade de que Trump foque suas taxas em longas americanos rodados em outros países, em uma tentativa protecionista de “salvar” Hollywood — neste cenário, a indústria brasileira seria menos afetada. “Vai virar um grande tabuleiro geopolítico de leis e regras que o governo americano vai ter que esclarecer”, explica Zapata, ponderando que não há como saber se longas como O Agente Secreto, que ainda não chegou ás americanas — mas já foi adquirido pela produtora Neon e está bem encaminhado nas premiações, com forte pretenção — vão sofrer algum  tipo de impacto.

Hollywood em crise?

Nos último anos, o cinema global conquistou avanços consideráveis, com longas como Parasita, da Coreia do Sul, conquistando importantes estatuetas no Oscar. No ano passado, o brasileiro Ainda Estou Aqui levou para casa a estatueta de melhor filme internacional, mas também conseguiu indicações às categorias de melhor atriz e melhor filme. Nesse cenário de maior diversidade geográfica, Hollywood tem perdido seu monopólio na indústria: segundo um relatório da empresa de tecnologia e pesquisa ProdProxxx, o número de produções americanas para o cinema e a televisão caiu 40% de 2022 a 2024.

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Isso ocorreu muito por conta das recentes greves em Hollywood, mas fato é que muitos dos filmes ditos americanos também deixaram de ser gravados no país, buscando cenários em países como Irlanda e Nova Zelândia, em resposta a incentivos ficais que barateiam a produção. “Já faz algum tempo que o audiovisual projeta que o mercado americano ia começar a criar algumas barreiras para dificultar a entrada de filmes internacionais”, explica Zapata, dizendo que a ação de Trump é também um reflexo do sentimento de parte da indústria americana, que tem sentido a perda de seu domínio outrora absoluto.

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