Como pai de Angelina Jolie virou palpiteiro oficial de Trump em Hollywood
Jon Voight apresentou planejamento para fazer a indústria cinematográfica americana “great again”

Assim que assumiu seu segundo mandato presidencial, Donald Trump elegeu os atores Sylvester Stallone, Mel Gibson e Jon Voight como “embaixadores especiais em Hollywood”. Os meandros da função não ficaram claros, mas sabia-se que os três veteranos do cinema são apoiadores incansáveis do republicano. Nessa corrida de lealdade, Voight saiu na frente ao apresentar uma proposta batizada de “Make Hollywood Great Again”, que impõe tarifas e promete incentivos para diminuir o êxodo de produções americanas filmadas fora dos Estados Unidos.
A papelada promete impulsionar empregos na indústria do entretenimento nos Estados Unidos. Entre as ideias estão mudanças no código tributário do setor, capacitação profissional e incentivos para redes exibidoras – pacote deveras louvável e bem-vindo. O problema, porém, são detalhes obscuros, como uma tarifa de 120% em cima dos incentivos recebidos por produções americanas rodadas em países estrangeiros que oferecem facilidades e retornos financeiros para os estúdios – prática comum entre gigantes como Disney, Netflix e Warner Bros.
Antes da divulgação do documento, Trump clamou que aplicaria tarifas de 100% sobre produções estrangeiras – e a razão não tinha o caráter nobre de oferecer empregos, mas sim de proteger os Estados Unidos de “propagandas políticas estrangeiras”. O receio no meio, então, é que o próximo passo do governo americano seja impor um controle sobre o conteúdo das produções para que elas se beneficiem de incentivos fiscais americanos. Por enquanto, o setor acompanha de perto a movimentação que não passa de um planejamento do novo palpiteiro favorito de Donald Trump.