Em Cartaz

Por Raquel Carneiro

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Cultura

Atriz de ‘Dia Zero’ nota semelhança entre série e filme ‘Ainda Estou Aqui’

Em entrevista a VEJA, Joan Allen comparou evento dramático da produção da Netflix com o longa brasileiro

Por Raquel Carneiro SEGUIR SEGUINDO 22 fev 2025, 13h00

Robert De Niro e Joan Allen na série 'Dia Zero' - (//Divulgação)

Na pele de Sheila Mullen, Joan Allen integra o elenco da minissérie Dia Zero, novidade da Netflix. Ela interpreta a esposa de George Mullen, personagem de Robert De Niro, um ex-presidente americano que aceita comandar uma comissão especial investigativa, com poderes ilimitados, para encontrar os culpados de um ataque cibernético que matou milhares de pessoas nos Estados Unidos.

Em entrevista a VEJA, Joan disse que ficou intrigada pelo roteiro da produção e pela extensão dos eventos que se desenrolam a partir do ataque. Entre eles, o que mais lhe assustou, foi o poder da comissão de abolir o habeas corpus e o direito a um advogado entre os suspeitos presos. “A ideia de um governo que pode entrar na casa de alguém e simplesmente prendê-la é algo terrível”, disse a atriz a VEJA. “É muito grave o alcance do poder de uma comissão que pode prender pessoas sem um mandado, sem a chance de defesa. E muitos países já experimentaram isso. Seria terrível se isso viesse a acontecer nos Estados Unidos.”

Questionada se assistiu ao filme brasileiro Ainda Estou Aqui, indicado ao Oscar, Joan disse que sim e associou as duas tramas – no longa nacional, o ex-deputado Rubens Paiva é apreendido dentro de casa por agentes da ditadura e, depois, morto sob tortura. Seu corpo nunca foi encontrado.. “É um filme lindíssimo, de partir o coração”, disse Joan. “É muito assustador um mundo no qual esse tipo de situação pode acontecer.”

Além das questões políticas, a minissérie traz um núcleo familiar intenso, que gira em torno de sua personagem. “Tudo o que ela quer é cuidar da filha e do marido, as pessoas que ela se importa. O roteiro da série mostra como os personagens são afetados pelas consequências dos eventos e das escolhas que eles fazem. E ela não tem poder sobre isso.”, conclui.