Ator é barrado de entrar em Cannes após acusações de violência sexual
Decisão se embasou em nova cláusula dos regulamentos do festival, segundo diretor

Théo Navarro-Mussy, de 34 anos, foi proibido de desfilar no tapete vermelho de Cannes nesta quinta-feira, 15. O ator está no filme Dossier 137, que estreia no festival neste ano.
A decisão de barrá-lo foi tomada antes do evento em um acordo entre os produtores do próprio filme em conjunto com o diretor de Cannes, Thierry Fremaux. O ator é acusado por três ex-colegas de agressões sexuais nos anos de 2018, 2019 e 2020, antes das filmagens do longa. O caso segue em investigação.
Em abril deste ano, as queixas apresentadas pelas mulheres foram rejeitadas por um tribunal, mas elas informaram que entrariam com uma ação civil contra o ator. “Até onde sei, esse projeto de queixa com constituição de parte civil não foi formalizado judicialmente”, disse a advogada de Navarro, Marion Pouzet-Gagliardi.
Para a Variety, as produtoras de Dossier 137 Caroline Benjo e Carole Scotta afirmaram que a decisão de barrar Navarro foi tomada “em respeito aos autores e à palavra das vítimas, e sem prejuízo da presunção de inocência dos acusados”. Elas ainda frisaram que “a direção do Festival de Cinema de Cannes foi muito clara sobre não destacar nenhuma pessoa suspeita de violência sexista ou sexual”.
Fremaux ainda disse que se o ator fosse inocentado ou o caso fosse arquivado, a decisão do festival poderia mudar e que Cannes adicionou uma nova cláusula aos seus regulamentos “para garantir que os filmes inscritos tenham respeitado e continuem respeitando a segurança, a integridade e a dignidade de todos os colaboradores e cumpram com as obrigações legais”.
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