Al Ruddy, produtor de ‘O Poderoso Chefão’, morre aos 94 anos
Consagrado, canadense ganhou o Oscar de melhor filme duas vezes
Al Ruddy, produtor canadense que venceu o Oscar de melhor filme por O Poderoso Chefão (1972) e Menina de Ouro (2004), morreu no sábado, 25 de maio, aos 94 anos. Ele estava internado no UCLA Medical Center, hospital em Los Angeles, na Califórnia, para tratar de uma doença não especificada. Um porta-voz da família confirmou a informação somente nesta terça-feira, 28.
Recentemente, ele foi interpretado por Miles Teller na série The Offer (2022), que narra a história dos bastidores de O Poderoso Chefão. “Foi uma honra e um privilégio retratar Al. Ele viveu uma vida com a qual a maioria só poderia sonhar e que todos invejariam”, disse Teller, em nota. Dexter Fletcher, diretor da série, também prestou homenagem a Ruddy: “A jornada dele foi incrível. Ele alcançou [o sucesso] através do poder absoluto de sua determinação, vontade forte, energia e charme irreprimíveis e um amor raramente igualado pela arte do cinema”.
Outros astros do cinema também se manifestaram através de comunicados. “Al Ruddy foi absolutamente ótimo para mim o tempo todo em ‘O Poderoso Chefão’; mesmo quando eles não me queriam, ele me queria. Ele me encorajou quando mais precisei e nunca esquecerei disso”, disse Al Pacino, que viveu o protagonista Michael Corleone na trilogia dirigida por Francis Ford Coppola. Já Clint Eastwood, colaborador frequente de Ruddy, inclusive em Menina de Ouro, comentou: “Ele era um grande amigo meu e sentirei muito a sua falta”.
Nascido em Montreal, no Canadá, Alberto Ruddy cresceu em Nova York e se mudou para Los Angeles na juventude. Formou-se em arquitetura na Universidade do Sul da Califórnia, mas exerceu a profissão por pouco tempo. Ruddy começou a trabalhar com entretenimento como roteirista na Universal Studios, mas deixou a vaga quando Marlon Brando Sr., pai do ator consagrado com quem futuramente trabalharia em O Poderoso Chefão, o contratou para produzir Vítima de um Pecado, longa de 1965. Na mesma época, ele co-criou e produziu a série Guerra, sombra e água fresca, exibida no canal americano CBS entre 1965 e 1971.
Ao longo de sua carreira, Ruddy também assinou a produção de filmes como Quatro Mulheres e Um Destino (1994), primeiro faroeste com protagonistas femininas, e Matilda, O Supercanguru (1978), comédia sobre um canguru lutador de boxe que se tornou clássico cult. Seu último trabalho como produtor foi no longa Cry Macho: O caminho para redenção (2021), de Clint Eastwood.
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