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Educação em evidência

Por João Batista Oliveira Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O que as evidências mostram sobre o que funciona de fato na área de Educação? O autor conta com a participação dos leitores para enriquecer esse debate.

Diretores de escola fazem diferença?

A escola tem a cara do diretor. Ou o diretor tem a cara de escola? O que dizem as evidências? Confira neste artigo assinado por João Batista Araujo e Oliveira.

Por Redação Atualizado em 4 jun 2024, 23h40 - Publicado em 2 mar 2016, 18h41

A escola tem a cara do diretor. Ou o diretor tem a cara de escola? O que dizem as evidências?

As pesquisas quantitativas confirmam o que os estudos de caso evidenciam e o que o senso comum já sabe: os diretores escolares exercem influência significativa sobre o desempenho acadêmico de suas escolas. Mas mostram também que há grande rotatividade nesse cargo – uma falta de continuidade que prejudica os resultados.

O impactos dos diretores tende a ser indireto e está ligado a ações como a seleção de professores, a manutenção da disciplina, a cobrança para o cumprimento do currículo etc. De acordo com estudos mostrados no livro Educação Baseada em Evidências – Como saber o que Funciona em Educação (Instituto Alfa e Beto, 2015), o efeito conjunto de diretor e escola parece produzir impactos mais significativos, especialmente em escolas mais carentes e de pior desempenho.

Portanto, do ponto de vista de política pública é importante investir na identificação, seleção e retenção de diretores eficazes, por meio de investimentos na carreira de diretores e de mecanismos adequados de recompensas e/ou sanções. Também é importante que os mecanismos de gestão de carreiras permitam alocar diretores adequados aos diferentes momentos e situações de cada escola.

Rarissimamente, no Brasil, como ocorre nos países mais avançados em Educação, o diretor é escolhido dentro de um mecanismo de carreira, a partir de critérios universalistas e nomeado por uma autoridade superior à escola. Aqui ainda perdura a escolha por eleição interna ou indicação política. Porém, dado o caráter sui generis das políticas de escolha de diretor praticadas no Brasil, não é possível comparar o impacto das políticas e práticas aqui existentes com as de outros países.

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Embora consigam estimar o efeito fixo das características dos diretores sobre o desempenho dos alunos e das escolas, e fazer outras correlações, como o cálculo de efeito combinado diretor-escola, as pesquisas atuais ainda não permitem identificar quais características fixas dos diretores podem contribuir para esse resultado.

Mesmo assim, são importantes as evidências reunidas até aqui com base em pesquisas científicas robustas, pois por um lado confirmam a importância de um diretor eficaz e, por outro, permitem aos gestores conhecer quem são e onde estão os bons diretores e a diferença que fazem.

 

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E então, nas escolas eficazes a escola tem a cara do diretor? Ou diretor tem cara de escola?

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