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É Tudo História

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O que é fato e ficção em filmes e séries baseados em casos reais

Os bastidores do potente documentário da Netflix sobre Vini Jr.

Diretores revelam a VEJA os detalhes do processo de gravação e os momentos mais marcantes da produção

Por Amanda Capuano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 Maio 2025, 17h43

Eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa, Vinicius Jr. estreou na Netflix com Baila, Vini, documentário que narra sua ascensão no esporte desde a infância difícil em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, até a conversão em estrela do Real Madrid. Sua importância, no entanto, extrapola as quatro linhas do gramado: ídolo da bola, Vini se levantou contra o racismo que sofreu repetidas vezes no esporte e é uma voz indispensável no combate ao preconceito. Para contar sua história, a produção acompanhou o atleta de perto por um ano e meio, registrando as dores e as vitórias do garoto fluminense que deixou o Brasil aos 18 anos para fazer carreira na capital espanhola.

No total, 58 pessoas foram entrevistadas, com imagens filmadas em sete países. Ao final das gravações, em dezembro do ano passado, havia centenas de horas de material bruto, e foram necessários 6 meses de montagem para que tudo fosse organizado. “Foram mais de 300 horas de gravação, além do material de arquivo. A dinâmica era sempre ajustada ao ritmo dele, que é naturalmente complexo por conta dos jogos, das viagens e dos compromissos”, explica o diretor Andrucha Waddington, destacando que os trechos expondo os ataques racistas sofridos pelo brasileiro foram os mais sensíveis de serem gravados, mas que Vini não se curvou “e dá voz a milhões de pessoas ao redor do planeta”. 

Além de Waddington, a equipe no set era enxuta, variando de 3 a 5 pessoas, incluindo o codiretor Emilio Domingos. A plataforma ainda estabeleceu uma parceria com o Real Madrid que permitiu que a equipe tivesse acesso não só ao dia a dia de Vini, como também a outras estrelas do time. “Quem negociou [a parceria] foi a nossa produtora, Luísa Barbosa. O Real Madrid abriu as portas do clube, tivemos acesso ao vestiário, ao campo, entrevistamos muitos jogadores do time como Bellingham, Kroos, Rodrygo, o técnico Ancelotti, entre outros. Foi um apoio fundamental para contar essa história”, explica Domingos, que já trabalhou com Andrucha em projetos como a série Anitta – Made In Honório.

Nem todo o processo, no entanto, foi tranquilo. Em fevereiro do ano passado, a produção do filme foi proibida de entrar em um jogo entre Valencia e Real Madrid. “Como é conhecido, o Vini sofreu ataques racistas no campo do Valencia e queríamos acompanhar o jogo que aconteceria nesse local, mas o clube valenciano não nos liberou, sem grandes explicações a respeito”, explicou Domingos. “A recusa em permitir acesso diz muito sobre o quanto esse tema ainda incomoda e ainda é evitado por algumas instituições”, completa Waddington.

Outro desafio da produção foi definir o que ganharia destaque na tela. Pouco antes de ser eleito o melhor do mundo pela Fifa, por exemplo, Vini Jr. perdeu a Bola de Ouro para Rodri, do Manchester City, em uma decisão controversa — inclusive com acusações de racismo — que levou a delegação do Real Madrid a boicotar a premiação. O momento não aparece na produção, mas é mencionado por meio do tweet feito por Vinicius depois de perder o prêmio. “O foco não era este, e o tweet do Vini é simbólico, diz muito sobre a forma como ele lida com frustração e expectativa”, explica Waddington, mencionando a publicação em que o jogador atesta que fará “10x se for preciso”.

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Bicampeão da Champions League e atual melhor do mundo aos 24 anos, Vini Jr. é retratado nas telas como um cara que passou por altos e baixos no campo, mas sem nunca abaixar a cabeça, e que sonha em ser campeão pela seleção brasileira. A produção também mostra um lado pouco explorado do jogador: a relação próxima com a família,  que é descrita por Waddington como “a base e o norte” do jogador. “São pessoas muito reais, com os pés no chão, e que sentem na pele tudo o que o Vini sente. Tudo é muito intenso e muito verdadeiro, e isso trouxe uma “alma” ainda maior pro documentário”, explica ele, que é corroborado por Domingos, que vê a carreira de Vini como “um projeto coletivo”. “Tivemos acesso ao avião da família e amigos, indo para a final da Champions. Foram momentos bem emocionantes porque era a realização de um sonho coletivo, e o Real Madrid se sagrou campeão, com gol do Vini na final”, relembra o codiretor. 

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