Não foi porque esteja convencido do absurdo de seus discursos no 7 de setembro que o presidente da República recuou, com aquela carta dando o dito pelo não dito. Portanto, o fez como o sapo que não pula por boniteza, mas por precisão. O ex-presidente Michel Temer fez ver a ele que ou apresentava suas escusas ou o risco do impeachment teria enormes chances de se tornar real.
Foi dito a ele também que o perigo não passou. Se voltar aos ataques fora dos limites da legalidade, voltará também a ofensiva pelo afastamento. O problema agora para Bolsonaro é administrar a insatisfação dos seguidores fanáticos que já não haviam gostado da briga com Sérgio Moro nem da aliança com o Centrão.
O presidente terá de rebolar para se equilibrar com os pés nas duas canoas.