Enquanto abre as portas de cinco comissões permanentes — entre as quais a mais importante, de Constituição e Justiça — a Daniel Silveira, a Câmara dos Deputados há nove meses mantém fechada a entrada no Conselho de Ética de um pedido de abertura de processo contra ele por quebra do decoro parlamentar.
Um exemplo da trajetória decadente (por ação e/ou omissão) a que o Parlamento brasileiro tem se imposto ultimamente. Um paradoxo: quanto mais concentra poder com o manejo total do Orçamento da União e o controle dos recursos para financiamento de campanhas, menos prestígio o Congresso parece interessado em conquistar.
Qual a necessidade de prestar esse tipo de homenagem a um deputado flagrantemente indecoroso e que está no centro de um indevido embate entre os Poderes? Nenhuma, a não ser surfar na onda do presidente Jair Bolsonaro no intuito de “dar uma resposta” ao Supremo Tribunal Federal.
Esse tipo de reação seria boba não fosse, sobretudo, nefasta ao mandamento constitucional de equilíbrio e harmonia entre os Poderes da República. Um papel lamentável da Câmara ao qual se associa o Senado por fingir que não tem nada com isso. Num sistema bicameral tem sim, e muito.
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