
Gilberto Kassab não diz nem faz nada que não tenha um significado político. Em geral, numa posição de esfinge, preservando e alimentando um certo mistério que a tradição da política qualifica como necessária prudência.
Mas, nessa altura dos acontecimentos pré-eleitorais, o presidente do PSD já deu três sinais de que caminha para o apoio a Luiz Inácio da Silva.
São os seguintes:1. A presença no jantar do grupo Prerrogativas que reuniu Lula e Geraldo Alckmin; 2. O enfraquecimento do nome de Rodrigo Pacheco explicitado na “busca” de outros candidatos a presidente, como Eduardo Leite e Paulo Hartung; 3. Essa declaração recente de que não é “impossível” que ele venha a se aliar ao petista.
Provavelmente não no primeiro turno, se o cenário indicar a realização de uma segunda rodada, pois não teria vantagem alguma e ainda poderia reforçar candidaturas do PSD para deputados e senadores que, na neutralidade formal, atrairiam votos tanto de adeptos de Lula quanto de eleitores de Jair Bolsonaro.