Pesquisas alimentam o maior desejo de Lula depois da Presidência
Avanço de Fernando Haddad na corrida ao Palácio dos Bandeirantes alimenta esperanças dentro do PT sobre vitória na corrida estadual

Se tem algo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gostaria de poder comemorar em outubro, além de uma volta ao Palácio do Planalto, é ver o PT comandar o maior Estado do País. A nova pesquisa Quaest, que trouxe um crescimento de seis pontos de Fernando Haddad na disputa pelo governo de São Paulo, alcançando a marca de 30% no principal cenário, é motivo de ânimo até para os petistas mais céticos.
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Muita gente no partido acha que Lula exagera ao dizer que, pela primeira vez, o PT tem chances reais de chegar ao Palácio dos Bandeirantes. O ex-presidente costuma discorrer sobre o desgaste do PSDB no Estado e sobre a oportunidade de a vitória dupla na Presidência e em São Paulo contribuir para a governabilidade de uma nova gestão petista. Foi com esses argumentos que ele convenceu Haddad a entrar no páreo, já que o ex-prefeito torcia o nariz para a corrida ao Palácio dos Bandeirantes lá atrás.
Os que desconfiam da análise de Lula dizem que o PT sempre teve um teto em São Paulo. Mesmo nos melhores momentos da gestão petista, nem mesmo levando seus candidatos pela mão o ex-presidente conseguiu eleger o governador paulista. Que o digam Aloizio Mercadante, Alexandre Padilha, Luiz Marinho, e assim por diante.
Há quem justifique também que o fato de o PSDB aparecer frágil nas pesquisas não é garantia de nada. Até porque outras forças políticas se beneficiam desse cenário, provavelmente mais que o PT. Basta olhar a boa largada que Tarcísio de Freitas vem exibindo na disputa paulista, como candidato do presidente Jair Bolsonaro ao Palácio dos Bandeirantes.
Mas até essa turma reconhece que o desempenho de Haddad nas pesquisas, ainda mais para quem se saiu mal na tentativa de se reeleger prefeito da capital paulista, é motivo de comemoração.
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