Michelle e Janja fogem do figurino decorativo e partem para a briga
Primeira-dama e esposta do ex-presidente Lula abrem embate nas redes sociais

Mais do que participarem das campanhas do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e a esposa do petista, Rosângela Silva, a Janja, já dão sinais de que vão para o confronto direto nos próximos meses. Ontem, após a primeira-dama atacar Lula nas redes sociais com um vídeo que associa religiões de matriz africana às “trevas”, Janja reagiu com uma postagem na qual pregou o respeito a todas as religiões.
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“Eu aprendi que Deus é sinônimo de amor, compaixão e, sobretudo, de paz e de respeito. Não importa qual a religião e qual o credo. A minha vida e a do meu marido sempre foram e sempre serão pautadas por esses princípios”, afirmou Janja.
A postagem original de Michelle Bolsonaro mostrava imagens de Lula em um ritual e disparava: “Isso pode né? Eu falar de Deus não”. Era uma reação à repercussão de sua entrada na campanha do marido, desenhada com o objetivo de conquistar o eleitorado religioso – em especial evangélico, religião da primeira-dama. E também para tentar aliviar a resistência do eleitorado feminino ao presidente.
Mas Michelle e Janja têm ao menos uma coisa em comum: sua participação na corrida presidencial não é unanimidade em nenhuma das duas campanhas. Nada muito diferente do que enfrenta a maioria das mulheres em ambientes majoritariamente ocupados por homens. No caso de Michelle, há queixas, por exemplo, sobre a resistência da primeira-dama em seguir à risca orientações definidas pela campanha e com o cancelamento de última hora em compromissos.
No caso de Janja, a gritaria é maior. Enquanto Michelle foi pressionada a participar da campanha, Janja viu muita gente torcer o nariz para suas opiniões. Principalmente depois que ela passou a aparecer de tempos em tempos em reuniões estratégicas.