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Clarissa Oliveira

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Os três grandes fatores que esquentaram o nome de Meirelles para a Fazenda

Os motivos que ajudam a explicar o crescimento do ex-ministro e ex-presidente do Banco Central nas negociações para comandar a Economia

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 3 nov 2022, 12h24 - Publicado em 3 nov 2022, 12h07

Henrique Meirelles  subiu na bolsa de apostas para o Ministério da Fazenda no futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Não houve convite, como informou mais cedo o Radar Econômico. Mas três fatores, segundo líderes petistas, ampliam nos bastidores as chances nessa direção.

+Leia também: Especulações crescem, mas convite a Meirelles ainda não foi feito

É um político, porém ligado ao mercado 
Lula vinha repetindo aos seus aliados mais próximos que não abriria mão de ter na Fazenda um político. Com a aproximação da eleição, a reação positiva do mercado ao nome de Meirelles teria jogado a seu favor. Mas também não seria uma indicação meramente técnica. “Meirelles já é um político faz tempo”, afirmou um petista à coluna.

Há desvantagens na escolha de outros cotados
A ideia de que o indicado seria um político fez crescer as especulações em torno de nomes como Alexandre Padilha, Wellington Dias e até o vice Geraldo Alckmin. Padilha, na visão de alguns colegas de partido, tem a preferência de Lula para funções políticas ou para a Saúde. Dias já foi deslocado para cuidar da condução do Orçamento no Congresso. E Alckmin tem um problema maior: em caso de qualquer problema ou dificuldade na condução da política econômica, seria um desgaste enorme a demissão do vice. “Não dá para você demitir o vice, imagina o tamanho do problema?”, disse um petista à coluna.

É fiel e cumpre demandas
Aliados de primeira hora do presidente eleito costumam repetir que ele terá mão firme na condução da Economia. Há quem afirme que “Lula será o ministro da Economia de fato”. Não seria o caso com Meirelles, dizem petistas. Ainda assim, a tese é que Lula faz questão de um nome que seja capaz de cumprir demandas. E Meirelles já demonstrou que sabe jogar o jogo. “E, em um cenário de independência do Banco Central, essa inteligência da máquina seria uma característica fundamental”, disse um aliado do presidente eleito.

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