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Clarissa Oliveira

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A bolsa de apostas no PT com os mais cotados para o ministério de Lula

Petista freia discussões sobre montagem da Esplanada em eventual novo governo, mas especulação acirra disputa interna no partido

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 2 set 2022, 13h20 - Publicado em 1 set 2022, 08h30

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se cansa de dizer aos aliados mais próximos que não vai definir seu ministério antes da hora. Há muitos fatores envolvidos. Principalmente a necessidade de compor com partidos aliados no segundo turno, o que certamente envolverá a divisão de espaço em um eventual novo governo. Fala-se em fazer um ministério mais político, se Lula sair vitorioso da eleição. E provavelmente menos petista.

Ao descartar a ideia de distribuir as vagas na Esplanada para quem tem perfil exclusivamente técnico, Lula inclui na conta a área econômica. Nada impede que, por exemplo, o indicado para o Ministério da Fazenda – já é certo que a superpasta hoje comandada por Paulo Guedes será desmembrada – seja alheio ao setor. “O ministro da Economia vai ser o próprio Lula, não tem discussão aí. O importante é ter no ministério alguém que seja bom de fazer as coisas acontecerem”, disse à coluna um interlocutor muito próximo do presidente.

Lula já confirmou abertamente que vai recriar pastas extintas na gestão do presidente Jair Bolsonaro. O petista entende que nunca houve redução efetiva de custos, mas sim uma perda de foco e de capital político em algumas áreas estratégicas. Planejamento, Segurança Pública, Cultura, Igualdade Racial, Pesca, Micro e Pequena Empresa são algumas pastas que devem voltar a ter um ministro titular se Lula ganhar a eleição.

Lula veta conversas sobre nomes. Mas, se depender da bolsa de apostas no PT, alguns integrantes do partido já têm assento garantido no primeiro escalão. O cenário do momento é o seguinte:

Alexandre Padilha
Já foi ministro de Relações Institucionais de Lula e comandou a Saúde durante o governo Dilma Rousseff. Quem é próximo de Lula diz que ele já deixou claro mais de uma vez que gosta da atuação do deputado na área política, apesar de sua formação médica o qualificar para comandar mais uma vez o Saúde. A alternativa mais provável ainda é uma pasta relacionada à articulação política.

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Aloizio Mercadante
Hoje coordenador do programa de governo de Lula, é frequentemente citado para ocupar um Ministério como Educação ou Ciência e Tecnologia. As duas pastas foram comandadas por ele no passado. Tem quem fale em seu nome para a Economia, mas o clima no entorno de Lula é que as chances de isso acontecer são quase nulas. Alguns aliados do ex-presidente dizem ver pouca chance de ele integrar o núcleo central do governo, como ocorreu sob Dilma Rousseff, de quem foi ministro da Casa Civil.

Edinho Silva
Um dos responsáveis pela Comunicação da campanha, é apontado como possível ministro da Secom, pasta que ocupou no governo Dilma Rousseff. Por ser prefeito de Araraquara, há divergências sobre a possibilidade de concluir o mandato antes de ser puxado para o governo. Mas não há martelo batido nesse sentido. Há quem defenda seu nome também para a área política. Cidades e Esportes também já foram mencionados nas especulações sobre o futuro do prefeito.

Fernando Haddad
O plano A é vencer a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, mas é certo que o ex-prefeito ocupará um ministério importante se sair derrotado da corrida estadual. Uma alternativa bem possível, nesse caso, seria o Ministério da Fazenda. Haddad também poderia comandar um grande banco estatal, diz um interlocutor. Uma coisa é certa: se não se eleger, ele terá uma posição de destaque no governo, para se firmar como possível sucessor de Lula. Posto que tende a disputar com Jaques Wagner.

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Gleisi Hoffmann
A presidente nacional do PT, segundo interlocutores de Lula, é presença certa na Esplanada. Ex-ministra da Casa Civil sob Dilma Rousseff, poderia ocupar qualquer pasta política, na avaliação de integrantes da campanha. É vista internamente também como opção para uma pasta na área social. Desenvolvimento Social é uma das alternativas mencionadas com frequência.

Jaques Wagner
Tido como um possível sucessor de Lula, é apontado por vários interlocutores do ex-presidente como o nome mais provável para a Casa Civil, cargo que já ocupou durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Mas poderia ser facilmente acomodado em outras pastas estratégicas, como, por exemplo, Relações Institucionais. Sua experiência no Executivo também o qualifica, segundo integrantes da campanha, para pastas econômicas, dependendo da montagem pensada por Lula.

Wellington Dias 
O ex-governador do Piauí vem ganhando visibilidade no círculo mais próximo de Lula. É frequentemente elogiado pelos pares pela experiência no Executivo e habilidade política. Já foi citado até mesmo para o Ministério da Fazenda, mas interlocutores próximos de Lula ainda olham com desconfiança para essa alternativa.

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