Por que aumentam as ocorrências de roubos de carro
Nesta semana, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou as ocorrências de janeiro. Chama a atenção o aumento de roubos de veículos, que cresceu 20% no estado e 23% na capital na comparação com janeiro do ano passado. Criminosos levaram 4.635 carros no mês, uma média de 150 por dia. Esse dado diz respeito […]

Nesta semana, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou as ocorrências de janeiro. Chama a atenção o aumento de roubos de veículos, que cresceu 20% no estado e 23% na capital na comparação com janeiro do ano passado. Criminosos levaram 4.635 carros no mês, uma média de 150 por dia. Esse dado diz respeito apenas a situações em que o automóvel foi a principal perda. Quanto alguém morre numa tentativa de roubo de carro, a ocorrência é registrada como latrocínio. Historicamente, metade dos latrocínios ocorre em situações em que o carro era o alvo dos bandidos. No ano passado, 140 pessoas foram vítimas de latrocínio. Dá para estimar que 70 delas estavam a bordo de um veículo.
Esse tipo de roubo cresce por basicamente dois motivos. Primeiro porque os esforços de repressão policial estiveram concentrados no combate a sequestros relâmpagos e roubos a banco, incluindo aí as investidas contra caixas eletrônicos.
Segundo porque é fácil e rentável vender as peças dos carros roubados. A frota aumentou e com ela cresceu a demanda por peças de reposição. Apenas na cidade de São Paulo circulam diariamente 3,5 milhões de automóveis. Os desmanches então entraram com o “toque de Midas” de desmembrar os automotores roubados em produtos de venda fácil. Para tentar baixar a incidência desses crimes, foi sancionada uma lei estadual que exige cadastramento dos desmanches no Detran. O próximo passo será cadastrar as lojas de autopeças. Até lá, ocorrências envolvendo veículos devem seguir aumentando.
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