Livros esgotados há trinta anos ganham chance de reedição
Obras de referência da arquitetura brasileira podem voltar às prateleiras graças a campanha lançada no Catarse
Duas obras de referência que hoje só podem ser encontradas em bibliotecas universitárias e algumas poucas coleções particulares podem voltar a ganhar as estantes de livrarias e as prateleiras dos intessados no assunto.
A Romano Guerra Editora, especializada em títulos de arquitetura, e o arquiteto André Scarpa lançaram em parceria uma campanha no Catarse para reeditar dois clássicos da arquitetura brasileira. São eles: o Dicionário da Arquitetura Brasileira (1973), de Carlos Lemos e Eduardo Corona, e o guia Arquitetura Moderna Paulistana (1983), de Alberto Xavier, Carlos Lemos e Eduardo Corona.
Os dois livros foram sucesso de público desde que chegaram às bancas de revista na forma de fascículos. Em seguida, ganharam corpo nas edições que reuniram todos os capítulos em um único volume, e que se esgotaram em meses. Apesar da enorme procura, eles nunca mais foram reeditados — até agora.
A meta de 120.000 reais foi batida em poucos dias de campanha, que segue no ar até 27 de junho e já arrecadou quase 146.000 reais. Para garantir os exemplares, a contribuição mínima é de 110 reais (a cota promocional de 90 reais já se esgotou). Pedidos acima de 550 reais dão direito a uma entre três gravura de Carlos Lemos, que, além de ser um dos mais importantes arquitetos brasileiros, é artista, autor e entusiasta do projeto. Aos 92 anos, Lemos anseia pela chance de assistir ao retorno de duas de suas obras, entre as dezenas que produziu. Alberto Xavier, 81, compartilha o mesmo entusiasmo. A reedição será também uma forma de homenagear o colega Eduardo Corona (1921-2001).
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Os livros sairão como os volumes 2 e 3 da coleção RG FACSIMILE, criada para reeditar obras de referência a partir da digitalização de originais. O primeiro volume foi Residências em São Paulo 1947-1975, de Marlene Acayaba, lançado originalmente em 1986.
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