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Cidades sem Fronteiras

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A cada mês, cinco milhões de pessoas trocam o campo pelo asfalto. Ao final do século seremos a única espécie totalmente urbana do planeta. Conheça aqui os desafios dessa histórica transformação.

Livro financiado por fãs traz fotos e histórias dos edifícios de São Paulo e inspira projetos semelhantes em outras cidades

O ano de 1924 é o ponto de partida de uma história que ainda não parou de ser contada: a dos edifícios que dão a cara da maior metrópole do país, registrados no livro Prédios de São Paulo. Com um recorte por décadas, o italiano Matteo Gavazzi selecionou 42 edifícios emblemáticos a partir de 1924 […]

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 23h33 - Publicado em 14 jul 2015, 08h14

O edifício Germaine Burchard, na Avenida Cásper Líbero, no centro: desenho dos anos 1930 (Foto Milena Leonel)

O edifício Germaine Burchard, na Avenida Cásper Líbero, no centro: desenho dos anos 1930 (Fotos Milena Leonel)

O ano de 1924 é o ponto de partida de uma história que ainda não parou de ser contada: a dos edifícios que dão a cara da maior metrópole do país, registrados no livro Prédios de São Paulo. Com um recorte por décadas, o italiano Matteo Gavazzi selecionou 42 edifícios emblemáticos a partir de 1924 para contar a história da cidade através de sua arquitetura. A obra foi lançada no mês passado, no Museu da Casa Brasileira, e tão interessante quanto as histórias, anedotas e fotografias trazidas em suas duzentas páginas é a trajetória percorrida até que a publicação existisse. A iniciativa revela o quanto as cidades são capazes de despertar interesses e conquistar apoios por serem simplesmente um tema fascinante.

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Nascido em Roma, Matteo Gavazzi mudou-se para São Paulo em 2009 e começou a trabalhar como corretor de imóveis. Sua formação de designer e o olhar voltado para a arquitetura fizeram com que fosse atraído por alguns dos mais emblemáticos edifícios paulistanos. Em muitas ocasiões, ele visitava os prédios acompanhado de clientes. Em outras, ia apenas porque gostava, tirando fotos e colhendo informações. Com apoio dos fotógrafos Emiliano Hagge e Milena Leonel, Gavazzi criou e passou a alimentar uma comunidade no Facebook chamada Prédios de São Paulo, que hoje ultrapassa os 12.000 fãs.

Edifício João Moura, na rua homônima Zona Oeste: concluído em 2012 pela Zarvos, com projeto do escritório Nitsche Arquitetos

Edifício João Moura, na rua homônima Zona Oeste: concluído em 2012 pela Zarvos, com projeto do escritório Nitsche Arquitetos

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O sucesso da página originou um site dedicado ao tema e, do sucesso do site, veio a ideia do livro, cujo projeto foi comandado por Milena Leonel.  “Nos demos conta de que a internet é volúvel. Hoje o site está no ar, mas amanhã ninguém sabe. Os livros ficam. É um grande erro achar que basta pesquisar no Google para ter todas as informações sobre algum assunto”, diz Gavazzi. A questão era como financiar a obra para que existisse no papel.

Gavazzi e Milena optaram pelo crowfunding, sistema que permite fazer vaquinhas online para bancar projetos. A meta inicial era arrecadar 36.500 reais em trinta dias, mas em apenas quatro eles já tinham superado a expectativa incial. Encerrada a campanha, a arrecadação ultrapassava 88.000 reais. As contribuições variaram de 10 reais a 5.000 reais, mas apenas valores acima de 70 reais davam direito a um exemplar impresso. A primeira edição se esgotou e a segunda já começou a ser impressa, com uma primeira leva de 2.000 cópias. Quem tiver interesse pode comprar por aqui.

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Livro Prédios de São Paulo: primeira edição esgotada

Livro Prédios de São Paulo: primeira edição esgotada

A alta adesão a projetos como esse comprova a demanda existente por referências fotográficas, históricas e arquitetônicas das cidades. E não só em São Paulo. A ideia inspirou iniciativas semelhantes como as comunidades Prédios de Curitiba e Prédios de Campo Grande e, em breve, Prédios de Porto Alegre. “Várias pessoas entraram em contato para saber como tinha sido o processo e que dicas eu daria”, diz Gavazzi.

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O livro Prédios de São Paulo tem o mérito de mostrar como a arquitetura e a construção evoluíram ao longo do tempo. “Passamos do estilo clássico do início dos anos 1910 ao ecletismo dos anos 20 e 30 até o modernismo dos anos 50, para terminar com os projetos contemporâneos “, diz ele, que tem como preferido o edifício Martinelli. O prédio de 105 metros foi o mais alto da América Latina durante mais de uma década (1934-1947). Mesmo superado em altura por outros arranha-ceús, não perdeu o charme nem a importância. A iniciativa Prédios de São Paulo deve trilhar caminho semelhante.

 

Edifício Lausanne, em Higienópolis, de 1958: autoria de Adolf Franz Heep, que desenhou o edifício Itália (Foto Emiliano Hagge)
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Edifício Lausanne, em Higienópolis (1958), de Adolf Franz Heep, autor do edifício Itália (Foto Emiliano Hage)

 

Por Mariana Barros

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