Carros conectados são trunfo da indústria automobilística para atrair os jovens
A edição de VEJA desta semana traz um especial sobre o futuro dos carros, apresentando alternativas baseadas na tecnologia que prometem resgatar os veículos do papel de vilões do trânsito. Além dos desafios trazidos pela reportagem que está nas bancas, há ainda questões comportamentais que preocupam a indústria automobilística. Uma delas é o pouco interesse que os […]
A edição de VEJA desta semana traz um especial sobre o futuro dos carros, apresentando alternativas baseadas na tecnologia que prometem resgatar os veículos do papel de vilões do trânsito. Além dos desafios trazidos pela reportagem que está nas bancas, há ainda questões comportamentais que preocupam a indústria automobilística. Uma delas é o pouco interesse que os jovens demonstram quando o assunto é ter o próprio carro.
Diferentemente do fervor que os automotores causaram em seus pais, a geração do milênio, como são chamados os nascidos nas décadas de 1980 e 1990, não se sente tão atraída pela ideia de ter um modelo todo seu estacionado na garagem. Nos EUA, a proporção de famílias que possuem o segundo ou o terceiro carros tem diminuído, enquanto aumenta o número de famílias com apenas um veículo disponível para todos os membros. Em 2007, a média americana era de 2,03 carros por domicílio. Em 2011, a taxa caiu para 1,95, de acordo com dados da Universidade de Michigan.
Em vez de causar desânimo nas montadoras, o dado tem ajudado a sinalizar quais os caminhos a serem percorridos para atrair esse público. A principal aposta é investir em tecnologia. Diversas empresas investem em modelos capazes de dirigir sozinhos. Um projeto da Volvo envolve a instalação de ímãs na pista capazes de nortear a locomoção autônoma do veículo, servindo como uma espécie de trilho invisível. Os ímãs podem ser implantados a cada três metros e permitem a troca de informações com sensores de bordo do veículo, notificando sua localização e as saídas mais próximas, por exemplo.
Anders Eugensson, executivo da Volvo responsável por projetos de condução autônoma, explicou por telefone da Suécia que o projeto dos ímãs pode funcionar até mesmo com modelos comuns, desde que adaptados para receber os dados. Como resultado, as pistas ficariam mais estreitas, pois os carros seguiriam esses sinais magnéticos trafegando com maior segurança. Já as vias comportariam mais veículos, aumentando sua capacidade de fluxo. Um projeto piloto financiado em parceria com o órgão que administra o transportes sueco foi colocado em prática e constatou que os equipamentos não sofrem a interferência das condições climática nem de obstáculos físicos.
“Com o tempo, os semáforos e a sinalização de trânsito se tornarão obsoletos”, afirma Eugensson. Segundo o executivo, iniciativas como essa visam também atrair os jovens para o mercado automobilístico. “A geração do milênio quer estar conectada e a tecnologia permitirá que se conectem com os carros e aproveitem a mobilidade que eles podem oferecer”, diz. Para ele, ao seguir nesta toada evolutiva, os automotores se tornarão mais e mais atraentes ao longo do tempo.
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