Com novo aporte, Seeding vai acelerar lançamento de produtos nas farmácias
Startup vai colocar no mercado quatro óleos produzidos pela Vitality CBD, do Reino Unido, e estuda o potencial do cânhamo industrial no país

Criada para oferecer um portfólio diversificado de soluções para o mercado de cannabis, a Seeding tem iniciativas de educação, cursos de prescrição pra médicos e uma plataforma para conectar pacientes a médicos prescritores. Ajudam também nos trâmites para obter a autorização da Anvisa. E em breve vão acelerar o lançamento de alguns produtos nas farmácias.
O projeto de colocar no mercado quatro óleos (um pré-treino que dá energia, outro para aumentar o foco, um para recuperação muscular e o último para relaxamento) da Vitality, do Reino Unido, vem na esteira de um aporte de R$ 700 mil recebido de investidores-anjo. “A ideia, além de registrar todos eles, é escalar as vendas, levar a mais farmácia”, diz Bruna Dagostino, CEO e fundadora da startup.
É um passo importante para a startup que surgiu há apenas um ano a partir de uma experiência pessoal da empreendedora. Quando ainda morava na Inglaterra, seu filho, Philip, de pouco mais de um ano, foi diagnosticado (de forma equivocada) com autismo por dificuldades em começar a falar. Depois de tentar alguns tratamentos, sem sucesso, Bruna decidiu buscar uma alternativa. Foi assim que descobriu o CBD. Hoje, seu filho faz tratamento com cannabis, mas com um diagnóstico correto, para TDAH. “Vi uma transformação incrível e achei que a cannabis precisava ser mais conhecida”, afirma ela.

A decisão de retornar ao Brasil para fundar a startup aqui foi motivada pelo reconhecimento internacional das pesquisas com foco em cannabis medicinal produzidas aqui. “Enquanto outros países focaram muito na legislação para o consumo recreativo, aqui a movimentação de profissionais e de mães preocupadas com o tratamento dos filhos fez do Brasil uma referência no setor”, diz Bruna.
Além da medicina, a Seeding também está olhando para outro setor de grande potencial: o cânhamo industrial. Por enquanto, sua produção no Brasil é ilegal, mas é possível importar a matéria-prima, que pode ser usada na fabricação de camisetas, plásticos e diversos outros produtos. “É um mercado extremamente promissor. Tanto que políticos já discutem o tema. Porque é possível separar do debate de CBD e cannabis”, diz Bruna.