Amsterdã quer banir a maconha do distrito da luz vermelha
Medida faz parte de uma iniciativa da prefeita Femke Halsema para mudar o perfil da região de De Wallen, conhecida pelo turismo sexual
A região de De Wallen, no centro medieval de Amsterdã, é conhecida pela vida noturna. O Distrito da Luz Vermelha tem casas de prostituição, com luzes neon e dançarinas nas janelas, além de bares e outros espaços onde os cidadãos e turistas vão para beber.
Mas a prefeitura local vem promovendo mudanças na região para mudar o perfil do bairro. A mais recente é a decisão de banir a maconha das ruas. Inicialmente será proibido fumar ao ar livre, com o objetivo de reduzir a perturbação aos moradores, mas se o efeito não for suficiente o governo estuda novas restrições em bares e coffee shops.
“Os moradores da cidade velha sofrem muito com o turismo de massa e o abuso de álcool e drogas nas ruas. Os turistas também atraem traficantes de rua que, por sua vez, causam criminalidade e insegurança. A atmosfera pode ficar sombria, especialmente à noite. As pessoas que estão sob a influência ficam por muito tempo. Os residentes não conseguem dormir bem e o bairro torna-se inseguro e inabitável”, diz o comunicado da prefeitura.
A revitalização do Distrito da Luz Vermelha é uma das prioridades da prefeita Femke Halsema, primeira mulher a assumir o cargo. Desde 2018, quando tomou posse, já lançou um programa para proteger as prostitutas e reduzir as condições de trabalho degradantes. Medidas incluem a proibição de que passeios turísticos guiados passem ao lado das janelas das casas de prostituição e uma redução no horário de funcionamento dos estabelecimentos, além da proibição de venda de bebidas alcóolicas em determinados horários.
O Distrito da Luz Vermelha é responsável por cerca de 10% a 15% de todo o turismo da Holanda.