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‘Do jeito que está, MEC não vai para lugar nenhum’, diz ACM Neto

Questionado se era a favor da saída de Vélez Rodríguez, presidente nacional do DEM disse que esta é uma decisão de Bolsonaro

Por Rodrigo Daniel Silva
27 mar 2019, 20h21

Em discurso nesta quarta-feira 27, durante um evento no qual assinou ordem de serviço para reconstrução de uma unidade de ensino, o presidente nacional do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto, fez duras críticas ao Ministério da Educação (MEC). O democrata soteropolitano afirmou que o órgão federal está “batendo cabeça”, ao lembrar da exoneração do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Marcus Vinicius Rodrigues.

“A gente torce muito para que o governo federal entre no eixo e possa seguir o seu trilho. Agora, do jeito que estão conduzindo o Ministério da Educação, não vai para lugar nenhum”, afirmou ACM Neto, ao ressaltar que na área tem que se trabalhar com “profissional de qualidade e competente”.

Crítico do projeto “Escola Sem Partido”, que é bandeira do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, ACM Neto defendeu executar as “políticas educacionais sem ideologia e sem partido”. Questionado por VEJA se era a favor da saída do ministro, o democrata desconversou: “Não cabe a mim defender isso. Essa decisão não é minha. É decisão do presidente”.

Nos bastidores, há dentro do DEM quem defenda o retorno do ex-ministro Mendonça Filho para o MEC. O presidente do partido tem dito, no entanto, que não fará nenhuma indicação e que os três ministros do partido – Onyx Lorenzoni, Tereza Cristina e Luiz Mandetta – estão no governo por convite de Bolsonaro.

Além de Marcus Vinicius Rodrigues, mais quatro mudanças ocorreram no alto escalação do MEC. No início da semana, a secretária de Educação Básica, Tania Leme de Almeida, pediu demissão com o argumento de não ter sido consultada sobre a decisão de suspender a avaliação de alfabetização.

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