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Augusto Nunes

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Vlady Oliver: Cálculos renais

Quer um Congresso com a metade dos vigaristas que hoje se encontram por lá? Comece a exigir hoje mesmo que eles aceitem um automutilamento

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 21h11 - Publicado em 3 dez 2016, 22h04

Faço aqui uma afirmação polêmica, mas totalmente baseada em cálculos matemáticos.

A mágica chama-se “estratificação da amostragem”. Que diabo é isso? É um diabo que permite responder a seguinte pergunta: quantas pessoas você precisa entrevistar numa pesquisa para identificar uma tendência? Metade da população? Um quarto? Pois cálculos estatísticos precisos mostram que, se a amostra for devidamente estratificada, ou seja, se ela representar fielmente o universo pesquisado, ela pode ser infinitamente menor. Isto mostra por que uma pesquisa com duas mil pessoas representa, com grande precisão, uma população de 200 milhões de habitantes, com margem de erro mínima.

O problema é justamente a contaminação da amostragem, o que vem ocorrendo em todas as últimas pesquisas eleitorais superfaturadas que tivemos por aqui. Mas isto gera uma constatação interessante: nosso Congresso, como tudo que o Brasil vem fazendo ultimamente, peca pelo excesso: 600 políticos tiram a individualidade dos procedimentos, em favor de uma coletividade estúpida. Fica difícil descobrir quem trama com quem, numa votação.

Um terço dessa amostra me parece mais do que suficiente para representar o país dignamente. Algo assim como um político para cada milhão de habitantes, o que faria pouco mais de duzentos políticos tramitando na Câmara. Mais do que suficiente e a metade do que existe hoje em nosso lombo. E com uma cláusula de barreira de origem: só chega ao Congresso quem representa um milhão de pessoas. Simples assim. Adeus, corporativismos.

Eu iria ainda mais longe: sufragaria essa representatividade por regiões populacionais e não por Estados. São Paulo teria direito a mais de 40 representantes, enquanto o Espírito Santo, por exemplo, nos contemplaria com 3 ou 4. Ficou furioso? Mas essa é a representatividade matemática do nosso país, meus caros. Durma-se com ela e ponto. Já o caso do “Senador do Desempate” é outro absurdo típico da malemolência brasileira.

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Eu explico. Digamos que o Brasil pudesse ser simplificado – para efeito de cálculo – como nos Estados Unidos. Cem milhões de brasileiros seriam “democratas”, cem milhões “republicanos”, os primeiros concentrados nas áreas urbanas e os segundos nas zonas rurais. É razoável supor que dois senadores, um de cada legenda, representariam os interesses de cada uma das unidades federativas. Daria empate. Pois dane-se o empate. Que a coisa se resolva no diálogo, afinal é pra isso que a política tem de existir.

Se, no entanto, tivermos três senadores por unidade, digamos que um Estado tenha 51% de eleitores de uma legenda e 49% de eleitores de outra: Isto elegeria basicamente dois senadores de uma contra apenas um de outra, perfazendo uma representatividade avariada, com 66% para uma agremiação e 33% para outra, o que é fundamentalmente falso. Isto prova que 54 senadores é mais que suficiente para a política fluir, de forma a suscitar o debate entre as legendas.

E aí? Quer um Congresso com a metade dos vigaristas que hoje se encontram por lá? Comece a exigir hoje mesmo que eles defendam um automutilamento, antes que sejam mutilados de verdade por um exército de panelas. Chega de vigarices, meus caros. A “coletividade” que vá para o inferno. Só serve para “esconder malfeitos”. De políticos malfeitos estamos até a tampa.

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