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Um poema de Elizabeth Bishop

Como prometido neste sábado, a coluna continua a republicar os melhores posts da fase inicial da Feira Livre. Nesta terça-feira, um poema de Elizabeth Bishop que vale a pena ser lido e relido incontáveis vezes. Uma Arte A arte de perder não é nenhum mistério tantas coisas contém em si o acidente de perdê-las, que perder […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 05h05 - Publicado em 29 out 2013, 19h03

Como prometido neste sábado, a coluna continua a republicar os melhores posts da fase inicial da Feira Livre. Nesta terça-feira, um poema de Elizabeth Bishop que vale a pena ser lido e relido incontáveis vezes.

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Uma Arte

A arte de perder não é nenhum mistério
tantas coisas contém em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouco a cada dia. Aceite austero,
a chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subseqüente
da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. Um império
que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
Mesmo perder você ( a voz, o ar etéreo, que eu amo)
não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser um mistério
por muito que pareça (escreve) muito sério.

(Elizabeth Bishop; tradução de Paulo Henriques Brito)

A norte-americana Elizabeth Bishop nasceu em Massachusetts, em 8 de fevereiro de 1911, e morreu 68 anos depois, em Boston. Em 1952, depois de uma viagem pela costa brasileira, Elizabeth encantou-se pelas montanhas de Petrópolis e lá permaneceu por longos quinze anos. Durante esse período, escreveu numerosos registros e poemas, como o transcrito acima.

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