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Silvio Mota, ex-integrante da ALN: ‘O mensalão foi uma burrice’

PUBLICADO NA EDIÇÃO IMPRESSA DE VEJA HUGO MARQUES O juiz aposentado Silvio Mota foi um dos comandantes do grupo tático armado da Ação Libertadora Nacional (ALN) e integrou as fileiras do Movimento de Libertação Popular (Molipo) – duas organizações guerrilheiras comunistas que atuaram durante a ditadura militar. O magistrado, que conheceu o ex-ministro José Dirceu […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 07h36 - Publicado em 19 out 2012, 22h33

PUBLICADO NA EDIÇÃO IMPRESSA DE VEJA

silvio-mota

HUGO MARQUES

O juiz aposentado Silvio Mota foi um dos comandantes do grupo tático armado da Ação Libertadora Nacional (ALN) e integrou as fileiras do Movimento de Libertação Popular (Molipo) – duas organizações guerrilheiras comunistas que atuaram durante a ditadura militar. O magistrado, que conheceu o ex-ministro José Dirceu em 1969, quando ambos faziam treinamento militar em Cuba, hoje dirige a Casa de Amizade Brasil-Cuba e coordena a Comissão em Defesa da Memória, Verdade e Justiça do Ceará. Na entrevista, ele fala das lembranças que guardou dessa relação, que durou até 1974. Depois disso, cada um seguiu seu caminho. Dirceu voltou ao Brasil e passou a viver escondido no interior do Paraná. Silvio ficou em Cuba até a anistia.

Como o senhor vê a condenação do ex-ministro José Dirceu?

Fico triste. Eu queria que o Dirceu fosse absolvido. Ele já pagou. Com todo o aperreio que passou, acho que já pagou.

O senhor concorda com a tese dos condenados de que o julgamento é político?

Não vou discutir temas jurídicos com o Supremo. O diabo é que não dá nem para discutir, pois a tese deles é a mesma que serviu para condenar o Fujimori (Alberto Fujimori, ex-presidente do Peru, condenado a 25 anos de prisão por chefiar paramilitares que mataram 25 pessoas).

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Como era o companheiro de militância José Dirceu?

O Dirceu era preguiçoso e egoísta. E continua sendo preguiçoso e egoísta.

Por quê?

Ele fazia tudo pela metade. Na hora do treinamento, do trabalho, de repente tinha uma dor nas costas. O homem faltava e, quando a gente ia ver, estava assistindo a filmes. Olha os projetos que ele tinha!

E o egoísmo?

O Dirceu se preocupava apenas com seus projetos pessoais. Sempre notamos isso. Ele era uma pessoa famosa, fazia amizades, as pessoas o procuravam. Era amigo de gente influente em Cuba, o que lhe garantia alguns privilégios.

O ex-ministro chegou a combater a ditadura militar?

Eu acho quase impossível. Por que diabos o pessoal iria botar o Dirceu para combater? Seria um estorvo. A única coisa relacionada à atividade de guerrilha urbana que consta que ele teria feito, salvo engano, foram “levantamentos em São Paulo”. A gente fazia muita loucura. Mas mandar um cara como o Dirceu reconhecer o terreno seria um absurdo.

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O senhor esteve sempre ao lado de José Dirceu em Cuba?

Eu cheguei dias depois dele, em 1969. Houve uma época em que eu o via diariamente. Depois, comecei a trabalhar nas brigadas de construção industrial, mas ele não estava lá. Imagine o Dirceu trabalhando numa brigada de construção industrial…

Vocês moravam no mesmo acampamento?

Sim. Ele era boa-praça, a gente conversava. Só tem esse problema, como já disse: é preguiçoso e egoísta, e acabou se lascando por causa disso. O Dirceu, no entanto, é inegavelmente uma liderança do PT. Isso ele é, sempre foi. O papel dele na história do Brasil é enorme. Ele é o homem que liderou o movimento estudantil. Tem carisma, habilidade. Mas o mensalão foi uma burrice.

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