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Augusto Nunes

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Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Reynaldo Rocha: O país viciado em morfina

REYNALDO ROCHA Somente quem já teve a necessidade de ser medicado com morfina pode entender o uso dessa droga. Nada contra: sentir dores é pior, muito pior. O problema maior é que ela oculta a doença. Faz com que as dores sejam suportáveis e desapareçam. Mas elas retornam ao fim da dose ainda mais intensas.

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 00h03 - Publicado em 22 nov 2015, 07h56

REYNALDO ROCHA

Somente quem já teve a necessidade de ser medicado com morfina pode entender o uso dessa droga. Nada contra: sentir dores é pior, muito pior. O problema maior é que ela oculta a doença. Faz com que as dores sejam suportáveis e desapareçam. Mas elas retornam ao fim da dose ainda mais intensas.

Durante a paz da droga, não se consegue enxergar um metro à frente. A ausência da dor é tão bem-vinda que leva o usuário a esquecer do entorno.

Existe morfina para um país? O Brasil mostra que sim. Um país não morre. Não desaparece. Sempre renascerá no dia seguinte. O que leva uma nação a usar morfina? Quem receitou esta droga que alivia dores e elimina a capacidade de raciocinar, interpretar e tomar para si as decisões?

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Acompanhamos mares de lama que nos afogam. Somos instados a escolher entre o bandido da Suíça e o canalha de São Bernardo.

Como no conforto do opióide, deliramos acordados. E ignoramos que há um mundo fora da agulha no braço.

Quem está inebriado se esquece que a dor maior vem depois. O fim do efeito da anestesia é o começo do pesadelo.

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O Brasil está anestesiado, viciado em morfina. As doses são sempre mais elevadas.

Um mal é substituído por outro. A terapia não busca que a cura. Só prolonga a sobrevida.

Até quando? Um país não morre. Mas o país somos nós. E nós somos finitos. Com ou sem morfina.

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