Raúl Castro tira o pijama para fantasiar-se de democrata
O irmão caçula de Fidel gosta muito de eleições diretas, desde que sejam realizadas longe de Cuba
Aos 87 anos, comunista há 70, o ditador semi-aposentado Raúl Castro resolveu brincar de democrata. Nesta segunda-feira, num manifesto endereçado aos comparsas do Foro de São Paulo reunidos em Havana, ele exigiu a realização de eleições diretas (com a participação de todos os interessados) para a escolha do presidente da República. Presidente do Brasil, convém esclarecer.
O irmão caçula de Fidel também qualificou de “preso político” o amigo Lula, e exigiu a presença na disputa eleitoral do corrupto engaiolado em Curitiba. O Itamaraty deveria propor a Raúl Castro que aplicasse a fórmula primeiro na ilha-presídio. Que tal escolher nas urnas um novo chefe do governo cubano? E, antes disso, transferir da cadeia para o palanque os 140 oposicionistas encarcerados por contestarem a ditadura mais idosa do planeta?
Ou Raúl faz isso ou troca de vez a farda pelo pijama e aproveita o tempo que agora sobra para conviver com os netos.