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Augusto Nunes

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Oliver: Em poucas palavras

VLADY OLIVER  Aécio Neves reapareceu na “mídia” ─ aquela coisinha estúpida que os bolivarianos andam tentando turbinar por aqui para tentar convencer a plebe rude que a tevê brasileira é independente ─ com a tirada sagaz do homem da CIA presidindo a KGB. Já não era sem tempo. Pelo descanso do guerreiro, quase ficamos sem […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 02h35 - Publicado em 25 nov 2014, 22h03

VLADY OLIVER 

Aécio Neves reapareceu na “mídia” ─ aquela coisinha estúpida que os bolivarianos andam tentando turbinar por aqui para tentar convencer a plebe rude que a tevê brasileira é independente ─ com a tirada sagaz do homem da CIA presidindo a KGB. Já não era sem tempo. Pelo descanso do guerreiro, quase ficamos sem oposição no país, tendo que ouvir as mesmas ladainhas de sempre daqueles esquerdistas recuperados que se acham nossos representantes com baixos teores de moralidade. A coisa tá esquisita no palácio, como bem delineou o post do Rey-BH. Também comungo da tese de que esta é uma cortina de fumaça ─ um recuo tático ─ diante da avalanche de protestos que o Petê e seus bracinhos amestrados andam engolindo depois da igualmente estranha votação presidencial deste outubro cinza.

É o preço a pagar por uma eleição posta em xeque pela sua empenada representatividade. Como ninguém me disse como se deu a fiscalização tucana no pleito, podemos deduzir qualquer coisa, não é mesmo? Inclusive que houve fraude em Minas e na eleição presidencial, uma vez que os caras fecham as portas das pocilgas quando não querem o cheiro de povo atrapalhando o roteiro biltre. Pois é. Venho martelando meu teclado por aqui reiterando uma obviedade que um bom capitalismo na veia se incumbiria de remediar: a lei da oferta e da procura. Por ela, 51 milhões de eleitores, para ficar no mínimo, esperam por uma oposição com maiúsculas no pedaço. E o que temos? O governo pautando a cena, como sempre. Os mesmos heróis mortos de overdose tentando nos convencer de que ir pras ruas defender o fim da marmelada não é boa política ─ pois nem política o é, e sim o fim dela ─ e que a justiça que não vê uma quadrilha onde já existe um exército será mais que suficiente para garantir o xeque-mate na bojuda e descobrir quais das assinaturas nos comprovantes de propina são efetivamente da dupla formada pelo bêbado e a desequilibrada.

O desfile imoral dos 300 menestréis do menestrério de Dilma do Chefe já prepara apoteoses por aqui. Uma fauna. Na atual conjuntura, uma figurinha premiada de uma Kátia não está valendo duas de uma Rose, por exemplo. Virou tudo um balaio. É evidente que a seita que tudo vê, tudo controla e tudo rouba tenta blindar o palacinho de manifestações mais ferozes e domar a indigência reinante para que as cabecinhas coroadas pela fraude em andamento não sejam rapidamente empaladas e distribuídas harmonicamente pelos prédios da Esplanada dos Menestréis da vigarice. Como o arrastão é um troço sem parente, vou continuar a afirmar que a dona vem sendo salva por que ainda não foi à tevê aparelhada para pedir que vistam verde e amarelo para defender o seu governo. Está por um fio. Um aumento mal engolido, um reajuste da tabela esquecido numa gaveta e lá virá a turba dos descontentes a turbinar a primavera árabe que pode acontecer aqui mesmo, no verão e em pleno Brasil. Vai indo, país. Leve toda a esquerdalharia junto. O Titanic também não afundava, lembram?

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