Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Imagem Blog

Augusto Nunes

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Oliver: ‘Lá vem porrete’

VLADY OLIVER Gostaria de voltar a um assunto pelo qual fui muito execrado aqui neste mesmo espaço em 2010, quando a disputa envolveu Dilma, Serra e Marina. Na época, frente aos problemas que se apresentavam, defendi uma matemática tão simplória quanto eficiente: somar um mais um e detonar a candidatura petralha ao governo que tantos […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 03h09 - Publicado em 3 set 2014, 14h39

VLADY OLIVER

Gostaria de voltar a um assunto pelo qual fui muito execrado aqui neste mesmo espaço em 2010, quando a disputa envolveu Dilma, Serra e Marina. Na época, frente aos problemas que se apresentavam, defendi uma matemática tão simplória quanto eficiente: somar um mais um e detonar a candidatura petralha ao governo que tantos dissabores nos causou. Deu no que deu; ganhou aquela que mais nos ameaçava com sua falta de vergonha e seu intrusionismo amestrado pela roubalheira vigarista, enquanto as oposições simplesmente não se entendiam em torno de um projeto de país. Perdeu o Brasil, quatro anos no banco da segunda época, reprovado até no exame de fezes.

Mais uma vez os pilares da democracia vão sendo testados com o Imponderável de Almeida fazendo das suas para eleger uma figura telúrica e com cara de biorana, mas esperta o suficiente para dar verdadeiros nós em pingo d’água nas minas terrestres espalhadas por aqui pelo rombudismo lulodilmístico que nos assola há doze longos anos. O país terá de ser reconstruído, meus caros. Nem acredito que volte a sonhar com uma democracia moderna, baseada nos pilares do mérito e da decência administrativa. O que estou propondo é um exercício de lucidez que vai atingir em cheio os interesses contrariados de certa elite do pensamento por aqui.

Não me importa se são “as condições climáticas”, a falta d’água, a falta de tutano na campanha ou o posicionamento equivocado ─ ou, ainda, a reprovação pura e simples do jeito tucano de ser que está causando essa inversão de valores na campanha. Se o público vai se decidindo por Marina à revelia do perigo que ela pode representar, cabe aos defensores da democracia a costura de um “pacto” pela defesa de nossas liberdades e de nossa decência, ameaçadas pelo bolivarianismo que teima em rondar nossas cabeças. É hora de unir forças e interesses e não dividir o país ainda mais. É claro que este apoio a que me refiro terá de ser “negociado” e isto representará aquela “velha política” fazendo beicinho para engolir “a nova”.

O problema é que o terceiro vai ficando fora do debate, da disputa, e perdendo o poder de negociar alguma coisa enquanto é tempo, resgatando ao menos nossa dignidade em vias de virar farinha. Mário Covas foi fazer campanha para o petê, contra o presidente que cheirava sentado. Ninguém entendeu o gesto, até ficar claro que a sua existência política está acima de um acordo de conveniências momentâneo, que pode ser rompido se as partes não cumprirem o que for acertado. É a lei do menor prejuízo. Disse isso aqui mesmo, em 2010 e fui linchado. Tivessem feito o dever de casa na época, desmistificando o fenômeno Marina logo de cara, não estaríamos a ver a massa crescer enquanto apanha. E Serra teria sido o presidente, que é o que me parece que queriam os tucanos na época, se eu não estiver enganado. Foram dizimados pela própria soberba, de novo e de novo.

Continua após a publicidade

Não sei se me fiz claro, mas desenho: se sou um candidato que representa um terço dos interesses por aqui, mas vou perdendo votos ao longo do caminho porque o eleitor não se identifica com minha plataforma, quanto mais eu insistir na divisão de votos, mais serei apontado como o intruso da peleja; aquele que perde mas não negocia. Quem trabalha na bolsa que não é esmola sabe que é hora de “vender seus ativos” antes que eles se desvalorizem completamente. O que teremos em outubro é uma candidata precisando de equipe para governar e um equipe derrotada por um candidato que se negou a negociar um apoio que apaziguasse essas arestas e nos fizesse vislumbrar algum futuro.

O PT será varrido das próximas eleições. Já são favas contadas. Cabe saber se o irmãozinho mais velho dele vai querer ir pelo mesmo caminho, ambos abraçadinhos, ou ainda lhe resta algum protagonismo. O eleitor vai migrar de qualquer jeito; com ou sem o candidato capitaneando a travessia. Para nós, seria melhor se fosse com ele, não é mesmo? Durma-se com este alarido. Obi Wan Kenobi já nos mostrou o caminho, em Guerra nas Estrelas. Às vezes, para vencer o império, é necessário capitular. Simples assim. Podem bater.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.