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Augusto Nunes

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O Supremo começa a decidir qual será a fisionomia moral do Brasil do século 21

Mais que o destino dos 38 réus, o julgamento do processo do mensalão vai decidir qual será a fisionomia moral do Brasil do século 21. Se for indulgente com réus comprovadamente culpados, constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o Supremo Tribunal Federal estará chancelando a institucionalização da corrupção impune. Só […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 08h14 - Publicado em 2 ago 2012, 01h38

Mais que o destino dos 38 réus, o julgamento do processo do mensalão vai decidir qual será a fisionomia moral do Brasil do século 21. Se for indulgente com réus comprovadamente culpados, constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o Supremo Tribunal Federal estará chancelando a institucionalização da corrupção impune. Só haverá esperança de salvação se os ministros deixarem claro que todos são iguais perante a lei ─ e que ninguém é mais igual que os outros. Não há uma terceira opção. Nunca existem mais de duas quando se trata de escolher entre o certo e o errado, a verdade e a mentira.

Os jornalistas que se fantasiam de apóstolos da imparcialidade para criticar o que qualificam de “clima de Fla-Flu” são apenas pusilânimes. Fingem enxergar uma encruzilhada no que é bifurcação. Sete anos depois da descoberta do pântano, a pergunta essencial ─ existem crimes a punir? ─ só comporta duas respostas. Quem vê as coisas como as coisas são afirma que sim. Os muito espertos e os dóceis demais fazem de conta que não. A turma do olhar neutro  murmura um talvez.

Quem tateia esse inexistente caminho do meio deve admitir que pode ter ocorrido uma conspiração, concebida para derrubar o governo, de tal forma abrangente que acabou juntando no mesmo balaio golpista partidos de oposição, a imprensa independente, dois chefes da Procuradoria Geral da República, ministros do Supremo, dirigentes do PT (que andaram punindo pecadores sem pecados a purgar) e até o presidente Lula, que fez um pronunciamento em rede nacional para pedir desculpas por nada. Haja cinismo.

Nas próximas semanas, a plateia colossal verá o suficiente para descobrir quem é quem, quem fez o quê, quem merece castigo, quem merece o benefício da dúvida, quem foi alvo de suspeitas impertinentes, o que faz ou pensa cada ministro e para que serve o Supremo. O desfecho da história dirá o que foi exatamente esse programa transmitido ao vivo que monopolizou durante quase dois meses a atenção de milhões de brasileiros.

Também aqui as hipóteses são duas. Na primeira, a nação testemunhará seu reencontro com valores morais hoje em frangalhos. Na segunda, vai assistir ao primeiro Big Brother Brasil da Bandidagem. É um reality show sem heróis que zomba de gente honesta e premia quem tem culpa no cartório.

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