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Augusto Nunes

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O nosso grande poetinha

Nesta quinta-feira, dia que antecede os 30 anos da morte de Vinicius de Moraes, a coluna publica uma letra de música e dois dos mais conhecidos e belos sonetos do poetinha. Como Dizia o Poeta Vinicius de Moraes e Toquinho Quem já passou Por esta vida e não viveu Pode ser mais, mas sabe menos […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 14h51 - Publicado em 8 jul 2010, 23h28

Nesta quinta-feira, dia que antecede os 30 anos da morte de Vinicius de Moraes, a coluna publica uma letra de música e dois dos mais conhecidos e belos sonetos do poetinha.

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Como Dizia o Poeta

Vinicius de Moraes e Toquinho

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Quem já passou
Por esta vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá
Pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou
Pra quem sofreu, ai

Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não

Não há mal pior
Do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão

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Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir?
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer

Ai de quem não rasga o coração
Esse não vai ter perdão

Soneto de Separação

Vinicius de Moraes

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

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De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Soneto de Fidelidade

Vinicius de Moraes

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De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

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