Gonçalo Osório: O estranho sumiço da tropa de choque que sempre estrila quando é citado o santo nome da Petrobras
Transcrevo na íntegra o comentário do meu amigo Gonçalo Osório sobre o post que tratou da Petrobras. (AN) Uma observação a respeito desse excelente texto teu sobre a Petrobras. Estranha a ausência da tropa de choque da própria empresa, que sempre estrila (afinal, tem mais jornalista contratado do que 2/3 da imprensa brasileira) quando o […]
Transcrevo na íntegra o comentário do meu amigo Gonçalo Osório sobre o post que tratou da Petrobras. (AN)
Uma observação a respeito desse excelente texto teu sobre a Petrobras. Estranha a ausência da tropa de choque da própria empresa, que sempre estrila (afinal, tem mais jornalista contratado do que 2/3 da imprensa brasileira) quando o santo nome dessa estatal é citado. Não é preciso ser sequer estudante de sociologia para entender que existe, numa empresa daquele tamanho, um espírito corporativo (como existe no Banco do Brasil, na Receita Federal, e por aí vai) que começa a reagir às barbaridades cometidas contra a própria empresa (portanto, contra seus integrantes concursados) pelo sindicalismo safado e corrupto que é a principal característica do lulopetismo.
Curiosa e irônica essa volta da história: antes acreditava-se que seria necessário lutar contra esse espírito corporativo para privatizar essa estatal; agora espera-se que esse espírito corporativo amacie o estrago causado pelo lulopetismo. Isso talvez explique a ausência dos chiliques com que o aparato de comunicação montado na estatal entrava em campo toda vez que surgia alguma crítica ao santo nome da Petrobras. A corporação acha que é o PT quem está apanhando — e deixa o chicote cair — e não a Petrobras. O que vem a ser uma boa desculpa para a própria ineficiência.
Os erros estratégicos do atual governo surgem em cada setor que se examina: energia, transportes (aeroportos incluídos), saúde, educação, política monetária e, com o anúncio das negociações entre EUA e UE para um amplo acordo de comércio, também no comércio exterior. Eu tenho a sensação chata de que o país vai sendo sufocado, manietado, travado, oprimido, sugado, espoliado e, sinceramente, só textos como esse teu ajudam a respirar e dizer: ainda há vida inteligente por aqui.