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Gonçalo Osório: ‘Ambos foram medíocres, mas Walesa sempre lutou pela liberdade do indíviduo. Lula só pensa na autopromoção’

Meu velho amigo Gonçalo Osório,que honra a coluna com seus comentários, fez algumas observações que complementam e enriquecem o post anterior. Confira um texto que, como promete o título da seção, vai direto ao ponto. (AN). Um pouco de recuerdos, por um amigo que esteve lá. Final de 1980, dezembro. Lech Walesa era um fenômeno […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 10h35 - Publicado em 2 out 2011, 21h29

Meu velho amigo Gonçalo Osório,que honra a coluna com seus comentários, fez algumas observações que complementam e enriquecem o post anterior. Confira um texto que, como promete o título da seção, vai direto ao ponto. (AN).

Um pouco de recuerdos, por um amigo que esteve lá. Final de 1980, dezembro. Lech Walesa era um fenômeno internacional, depois de ter liderado uma importante greve nos estaleiros Lenin de Gdansk, contra os dirigentes do PC. A Igreja católica da então Alemanha Ocidental teve uma idéia: juntar os dois sindicalistas com apoio eclesiástico (o da Polônia e o do Brasil, até ali o Papa polonês ainda não tinha retaliado a arquidiocese de São Paulo, que julgava dominada por teólogos da libertação que jamais entenderam a alma do comunismo) num encontro em Roma.

Foi a primeira vez que Lula e Walesa se viram, perto do Natal daquele ano. Detestaram-se mutuamente. Walesa achava que Lula flertava com as ideias que tinham transformado o país dele, Walesa, num vassalo do totalitarismo soviético. Lula achava que Walesa era pouco mais do que um agente da CIA. De fato, Walesa fez um governo medíocre. Mas, ao contrário de Lula, o nome de Walesa ficará nos livros de história como um autêntico líder operário de papel essencial na transformação da Polônia de uma ditadura comunista numa democracia plena.

Lula nada fez de parecido. Aproveitou-se do que havia sido preparado por um antecessor — este sim, FHC, o verdadeiro transformador, ainda que fracassado em boa medida ─ e passou a dizer que inventou o Brasil. Walesa era beberrão, falastrão, chegado a uma bravata, mitômano, embevecido de si mesmo. Como Lula, igualzinho. A diferença é que Walesa sempre teve um norte, uma visão, ligada sempre à liberdade do indivíduo. Lula, se tem alguma visão, é apenas a da autopromoção. Ambos foram presidentes medíocres. A diferença é a que Walesa entra para a história como participante de um processo fundamental. Lula pertencerá a História como o mal que os brasileiros resolveram adotar.

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