Augusto Nunes
Por Coluna
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Cara ou Coroa: A bailarina da natureza
BRANCA NUNES Num mundo em que todo mundo fica 24 horas conectado em tudo, todo mundo sabe de tudo, todo mundo vê tudo, ela continua a acordar sem despertador, meditar, molhar as plantas, tomar o café da manhã durante o tempo que for necessário, respirar fundo e, só então, partir para a chamada vida real. […]
BRANCA NUNES
Num mundo em que todo mundo fica 24 horas conectado em tudo, todo mundo sabe de tudo, todo mundo vê tudo, ela continua a acordar sem despertador, meditar, molhar as plantas, tomar o café da manhã durante o tempo que for necessário, respirar fundo e, só então, partir para a chamada vida real. Instagram? WhatsApp? Não, obrigada. Ela provavelmente não faz a menor idéia do que são essas coisas. Ela é Bárbara. Não só no jeito, mas no nome.
Bárbara Nunes. Brasileira, casada, mãe de um filho, grávida de outro. Bailarina e massagista profissinal, terapeuta amadora – embora bem melhor do que muito psicólogo com diploma espalhado por aí – e mais: cabeleireira, cozinheira especializada em culinária indiana, cantora, percussionista, jardineira… Ela é bárbara em todas essas coisas também.
Apesar do jeito ripongo e de ser uma amante incondicional da natureza, Bárbara mora no coração do coração de São Paulo, em plena Avenida Paulista. Talvez por isso, às vezes se esquece de alguns detalhes do meio do mato. Um dia, foi fazer um passeio de canoa num riachinho em Camanducaia, interior de Minas Gerais. Voltou indignada com o homem responsável pelo aluguel dos barcos: “Moço, como o senhor não avisou que tinha tanto mosquito!”
Há pouco tempo, foi convencida pelos amigos a entrar no Facebook. Embora contrariada, Bárbara aceitou a empreitada. Hoje, usa essa tecnologia para transmitir um pouco da sua filosofia de vida e para divulgar seu trabalho – que por sinal vai muito bem. Ela se propôs um novo desafio para o próximo domingo, dia 23. Com a oficina A Natureza em Movimento, vai criar um ambiente de dança e natureza no espaço Gam Yoga, na Vila Madalena, bem no meio de São Paulo.
“Será a maior lua cheia do ano”, avisa, com os olhos brilhando de satisfação pela surpresa preparada pelo destino. Música ao vivo, fogueira, incenso, tambores, ela está disposta a transportar para a realidade uma das máximas zen: “Se você não pode ir até o Himalaia, crie um Himalaia dentro de você”. Bárbara consegue. Ela é bárbara.
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