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Augusto Nunes

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Cabide sindical

EDITORIAL PUBLICADO NA FOLHA DESTA TERÇA-FEIRA “Esse negócio de república sindical é bobagem”, declarou o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Artur Henrique, acerca de estudo que aponta para a forte presença de representantes do sindicalismo nos cargos de confiança mais cobiçados do governo federal ─ com salários que podem chegar a R$ 22 mil. […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 5 jun 2024, 11h51 - Publicado em 28 dez 2010, 13h42

EDITORIAL PUBLICADO NA FOLHA DESTA TERÇA-FEIRA

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“Esse negócio de república sindical é bobagem”, declarou o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Artur Henrique, acerca de estudo que aponta para a forte presença de representantes do sindicalismo nos cargos de confiança mais cobiçados do governo federal ─ com salários que podem chegar a R$ 22 mil.

Segundo levantamento da cientista política Maria Celina D’Araújo, da PUC-RJ, autora de “A Elite Dirigente do Governo Lula”, quase metade da nata desses postos, para os quais não se exige a realização de concurso público, é ocupada por sindicalistas.

A “bobagem”, como se sabe, começou com a própria chegada ao poder do ex-sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, que abriu as portas do Estado para acomodar uma legião de “companheiros”. São inúmeros os exemplos, como mostrou ontem reportagem publicada pela Folha. Vão do ex-presidente do Sindicato dos Petroleiros de Campinas, que passou a gerente de comunicação da Petrobras e membro do Conselho Deliberativo do fundo de pensão da empresa, ao tesoureiro do PT, também integrado ao conselho de administração da Itaipu Binacional.

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O domínio “cutista”, diga-se, ampliou-se de maneira notável nos três principais fundos de pensão do país ─ Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Funcef (Caixa Econômica).

Nos últimos quatro anos, 66,6% dos indicados para chefias e conselhos nessas instituições foram pessoas egressas da estrutura sindical. Já no primeiro mandato de Lula, aliás, chamou-se a atenção para o crescente peso exercido por essa espécie de casta de dirigentes sindicais encarregados de gerir os fundos de aposentadoria dos funcionários de empresas estatais.

Ao que tudo indica, a presidente eleita, Dilma Rousseff, sofrerá pressões das centrais para aumentar ou no mínimo manter a situação ─ e é plausível que ceda.

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Alimentado por contribuições compulsórias e transformado em braço oficialista de políticas estatais, o sindicalismo lulista constitui um retrocesso na própria história política do presidente da República. Suas mazelas, como expressão de um nefasto neopeleguismo, são conhecidas.

Todavia não reside nesse fato ─ ou apenas nele ─ o problema da ocupação de cargos de confiança. Questionável é a própria quantidade dessas funções, cerca de 22 mil, numa máquina governamental que em tese deveria ser regida pelos princípios da impessoalidade, moralidade e eficiência.

Trata-se de um descalabro a serviço de interesses fisiológicos de políticos e apaniguados. Um governo verdadeiramente empenhado em aumentar a eficiência do Estado deveria promover uma drástica redução desses cargos.

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