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Augusto Nunes

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Até o procurador que socorreu Palocci acha que os mensaleiros merecem cadeia

Para alívio dos brasileiros honestos, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não estendeu aos mensaleiros a lastimável brandura com que tratou o traficante de influência Antonio Palocci. No parecer de 390 páginas que reúne as alegações finais do Ministério Público, Gurgel pediu ao Supremo Tribunal Federal a condenação de 36 réus envolvidos no maior de […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 11h24 - Publicado em 8 jul 2011, 19h13

Para alívio dos brasileiros honestos, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não estendeu aos mensaleiros a lastimável brandura com que tratou o traficante de influência Antonio Palocci. No parecer de 390 páginas que reúne as alegações finais do Ministério Público, Gurgel pediu ao Supremo Tribunal Federal a condenação de 36 réus envolvidos no maior de todos os escândalos protagonizados pela bandidagem federal. Em vez de esconder-se no juridiquês, contou em linguagem de gente quem fez o quê no esquema criminoso desmontado em 2005.

“Ficou comprovado, sem sombra de dúvida, que José Dirceu agiu sempre no comando”, constatou Gurgel. “Era, enfim, o chefe da quadrilha”. O deputado Valdemar Costa Neto, por exemplo, “foi cooptado por José Dirceu e recebeu a quantia de R$ 8.885.742,00 para votar a favor de matérias do interesse do governo”. Sempre desastrado, foi também o então chefe da Casa Civil quem anexou ao bando (e mais tarde acendeu) o estopim da grande crise. “O acordo fechado à época por Roberto Jefferson com José Dirceu impunha o pagamento do valor de R$ 20.000.000 para que o PTB aderisse à base”, resumiu Gurgel, que reservou disparos de grosso calibre a todos os mensaleiros juramentados.

É possível que o conteúdo e a forma do documento tenham sido influenciados pelo desconforto manifestado por centenas de integrantes do Ministério Público com a decisão, tomada por Gurgel, de nem sequer investigar as ilegalidades atribuídas a Antonio Palocci. O áudio divulgado abaixo atesta que o procurador-geral acusou o golpe. O documento encaminhado ao STF não corre o risco de provocar reações semelhantes no universo dos profissionais encarregados de fazer justiça. Na sua essência, o texto se limita a reafirmar ou sublinhar verdades amparadas em  montanhas de provas.

Os ministros do Supremo têm assombrado o Brasil com decisões insensatas. Mas só a renúncia à razão, à altivez e ao respeito à lei poderá explicar a eventual rejeição do que recomenda Gurgel em seu parecer: os quadrilheiros merecem cadeia.

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