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‘Zona de instabilidade’, de Dora Kramer

PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA QUINTA-FEIRA DORA KRAMER Verdade que a articulação política não é o forte de Dilma Rousseff – e sobre isso dão testemunho as evidências -, mas é verdade também que essa área é sujeita a turbulências que não podem ser atribuídas apenas ao estilo da presidente ou exclusivamente a falhas das ministras […]

Por Branca Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 06h11 - Publicado em 23 Maio 2013, 21h56

PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA QUINTA-FEIRA

ideli

DORA KRAMER

Verdade que a articulação política não é o forte de Dilma Rousseff – e sobre isso dão testemunho as evidências -, mas é verdade também que essa área é sujeita a turbulências que não podem ser atribuídas apenas ao estilo da presidente ou exclusivamente a falhas das ministras Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Ideli Salvatti, de Relações Institucionais.

Durante a gestão de Luiz Inácio da Silva a tarefa de ajeitar o meio de campo entre o governo e sua mastodôntica base parlamentar também ficou sujeita a instabilidades. Amenizadas pela vocação de Lula no trato da política e pela liderança exercida por ele na ocupação de todos os espaços com performances quase diárias que atraiam todas as atenções, mas comprovadas pelos fatos.

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Um dado expressivo é a troca de ministros encarregados de fazer a ponte com o Congresso. Foram seis, em sete anos. No primeiro o ministro da Casa Civil, José Dirceu, acumulava essas funções. Seu auxiliar direto, homem na linha de frente nas relações com os congressistas, Waldomiro Diniz, caiu vítima de um vídeo em que aparecia negociando propina com o bicheiro Carlos Cachoeira.

Em janeiro de 2004 o deputado Aldo Rebelo assumiu a coordenação política, de onde saiu em julho de 2005, depois de um período de relações, digamos, difíceis com Dirceu. Nesse meio tempo, a falta de coordenação governista, aliada a um erro de cálculo do PT que apresentou um candidato à presidência da Câmara (Luiz Eduardo Greenhalgh) sem trânsito na Casa, resultou na desastrosa eleição de Severino Cavalcanti.

Rebelo foi substituído na articulação por Jaques Wagner, quando então se criou a Secretaria de Relações Institucionais com status de ministério. Wagner saiu em março de 2006 para ser candidato a governador da Bahia.

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O sucessor, Tarso Genro, ficou no cargo um ano: até março de 2007 quando foi nomeado ministro da Justiça. No lugar, Lula pôs Walfrido dos Mares Guia. Ele deixou o posto em novembro sob suspeita de envolvimento no chamado “mensalão mineiro” em função de ter sido homem de confiança do governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) por ocasião da campanha eleitoral de 1998, origem das denúncias sobre esquema de desvios de dinheiro público comandado por Marcos Valério de Souza.

O substituto, deputado José Múcio Monteiro, bateu recorde de permanência. Ficou à frente da secretaria de novembro de 2007 a setembro de 2009, período em que enfrentou fortes resistências do PMDB no Senado. Múcio saiu para ser ministro do Tribunal de Contas da União.

Sucedido por Alexandre Padilha, que ficou até o fim do governo Lula em dezembro de 2010. Dilma até agora mantém a média: dois ministros de Relações Institucionais em pouco mais de dois anos de governo. Se não fizer alterações, ganha no quesito estabilidade.

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O que não quer dizer muita coisa em matéria de resultado. Apenas mostra que o que parece muito ruim hoje nem sempre foi bom. O levantamento é do próprio governo: das 419 medidas provisórias editadas durante os oito anos de governo Lula, 45 foram rejeitadas no Congresso ou perderam o prazo de validade.

Isso sem falar nas duas principais derrotas de Lula no embate com o Congresso. A derrota na tentativa de renovar a CMPF e a instalação da CPI dos Correios, que viria a resultar em processo, julgamento e condenação no Supremo Tribunal Federal, dos meios e modos pelos quais o governo construiu a maioria parlamentar que em 2002 não obteve nas urnas.

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