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Augusto Nunes

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‘Acendeu no PT a luz amarela’, um texto de Ricardo Noblat

PUBLICADO NO BLOG D NOBLAT NESTA SEGUNDA-FEIRA RICARDO NOBLAT “Par délicatesse J’ai perdu ma vie”, escreveu Jean-Nicolas Arthur Rimbaud, poeta francês que viveu e brilhou na segunda metade do século XIX. Aos 20 anos, encerrou sua produção literária. Morreu de câncer aos 37. “Por delicadeza eu perdi minha vida” são seus mais famosos versos, repetidos […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 06h03 - Publicado em 10 jun 2013, 16h53

PUBLICADO NO BLOG D NOBLAT NESTA SEGUNDA-FEIRA

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RICARDO NOBLAT

“Par délicatesse J’ai perdu ma vie”, escreveu Jean-Nicolas Arthur Rimbaud, poeta francês que viveu e brilhou na segunda metade do século XIX.

Aos 20 anos, encerrou sua produção literária. Morreu de câncer aos 37.

“Por delicadeza eu perdi minha vida” são seus mais famosos versos, repetidos pelos que se valem deles para lamentar algo importante que perderam. Ou para reafirmar a disposição de não perder.

No último fim de semana, depois de examinar com preocupação os resultados da mais recente pesquisa de opinião do Instituto Datafolha, um petista erudito declamou os versos de Rimbaud para garantir que por elegância seu partido não perderá a vida.

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Ou melhor: o poder.

Nem daqui a pouco nem a perder de vista. Afinal, que partido entregaria o poder sem oferecer severa resistência?

De março para cá, a aprovação do governo Dilma caiu oito pontos. Foi a primeira vez que isso aconteceu desde que ela se elegeu.

Dilma perdeu popularidade entre homens e mulheres, em todas as regiões do país, em todas as faixas de renda e em todas as faixas etárias.

A causa? A volta da dobradinha inflação em alta e crescimento econômico em baixa.

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O brasileiro está pessimista.

Acendeu a luz amarela dentro do PT.

Os partidos existem para alcançar o poder ─ e uma vez que alcancem, lá se conservarem, empenhados em fazer o melhor por seus governados.

Na democracia devem ao povo o que conquistaram. E somente o povo poderá retirá-los de onde estão.

Por delicadeza, há dois meses, Lula antecipou a campanha presidencial do próximo ano. Atendeu a um pedido da própria Dilma.

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Era véspera de mais um aniversário do PT. Lula pretendia sair em caravana pelo país. E Dilma detectara movimentos favoráveis ao lançamento da candidatura dele à sua vaga.

Para eleger Dilma em 2010, Lula inventara que ela era uma excelente gestora. Superior até mesmo a ele.

Chegou ao ponto de sugerir que dividira com Dilma o comando do governo no seu segundo mandato. Um exagero compreensível.

Por maior que fosse seu prestígio, não bastaria a Lula pedir votos para Dilma. Era preciso fornecer um pretexto para que a maioria dos brasileiros elegesse presidente quem nunca disputara uma eleição.

Quem já rejeitara disputar uma, argumentando que não tinha “perfil de candidata”.

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E quem por falta de sorte vira falir uma loja onde tudo que ali se vendia custava apenas R$ 1,99.

Dilma jamais foi uma gestora excepcional ─ a verdade é essa. Foi apenas uma aplicada gerente. E com um grave defeito que compromete o desempenho de qualquer gerente: o gosto pela centralização.

Nada se faz em seu governo sem que ela seja ouvida antes.

Em certas ocasiões, Dilma pede para ler antes discursos que seus ministros pronunciarão mais tarde.

Ultimamente, deu de interferir até nas rotas do Boeing presidencial. Detesta turbulências. Passou a entender de aviação para poder evita-las.

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A certa altura, o câncer que atingiu as cordas vocais de Lula ameaçou o sonho cultivado por ele de substituir Dilma ─ em 2014 ou em 2018. Curado, Lula acompanha as dificuldades de Dilma para governar o país.

Nem gerente sintonizada com as exigências dos tempos modernos, muito menos gestora admirável. Atrapalhada na condução da economia. Um rotundo desastre no exercício cotidiano da política.

Por delicadeza, o PT se arriscará a ser desalojado do poder caso Dilma corra de fato o risco de vir a ser derrotada?

Cresce entre os partidos aliados  a torcida por enquanto silenciosa pela volta de Lula.

Dilma é temida.

Amada?

Bem, só se for por Aloizio Mercadante, ministro da Educação.

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