‘A política brasileira sem Eduardo Campos’, editorial do Globo
Publicado no Globo desta quinta-feira A morte de Eduardo Campos, num desastre aéreo em Santos, passa a constar das grandes tragédias ocorridas na política brasileira, em que líderes desapareceram de maneira traumática. Entre elas, há o suicídio de Getúlio Vargas — também em agosto, mês de má fama na crônica da política nacional —, o […]
Publicado no Globo desta quinta-feira
A morte de Eduardo Campos, num desastre aéreo em Santos, passa a constar das grandes tragédias ocorridas na política brasileira, em que líderes desapareceram de maneira traumática.
Entre elas, há o suicídio de Getúlio Vargas — também em agosto, mês de má fama na crônica da política nacional —, o desastre automobilístico de que Juscelino Kubistchek foi vítima, o desaparecimento no mar de Ulysses Guimarães e Severo Gomes, além do drama da morte de Tancredo Neves, eleito numa eleição indireta, mas com apoio popular, e que não conseguiu subir a rampa do Planalto.
O desaparecimento de Eduardo Campos tem, entre outros, o aspecto grave de representar uma perda séria no processo de renovação geracional da política brasileira. Com 49 anos, neto de Miguel Arraes, histórico político pernambucano, Campos se firmava como uma liderança que permaneceria no cenário nacional, mesmo se não saísse vitorioso nas urnas de outubro, ainda que sequer fosse ao segundo turno.