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Almanaque de Curiosidades

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Soldados romanos mortos há 1.700 anos são encontrados em poço na Croácia

Ossadas estavam surpreendentemente bem conservadas, com ossos articulados e perfurações que indicam mortes violentas durante uma batalha

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 out 2025, 11h40

Sete esqueletos foram encontrados dentro de um antigo poço na cidade croata de Osijek, que no passado foi a colônia romana de Mursa. Provalmente os restos humanos pertenciam a soldados do Império Romano mortos em combate. A conclusão vem de uma nova análise publicada no periódico PLOS One, que data o local da segunda metade do século III d.C. e relaciona os restos humanos a um período de instabilidade conhecido como “Crise do Terceiro Século”.

A equipe de arqueólogos datou quatro dos corpos por radiocarbono e encontrou, entre os ossos, uma moeda romana cunhada em 251 d.C. Segundo os pesquisadores, os soldados foram lançados no poço logo após morrerem, possivelmente na batalha de Mursa, em 260 d.C., quando o imperador Galiano lutou contra seu rival Ingenuus. O confronto foi brutal: relatos históricos indicam que milhares de combatentes morreram, e o imperador ordenou a execução dos inimigos sobreviventes.

ferimentos ossos soldados romanos
Ferimentos perfurantes foram identificados nos ossos dos soldados romanos. (© 2025 Novak et al. CC BY 4.0/Reprodução)

Quais são as vidências de combate?

Os esqueletos estavam totalmente articulados, preservados em posição anatômica, o que indica que foram enterrados logo após a morte. Todos eram homens adultos, entre 18 e 50 anos, com constituição forte e acima da média de altura para a época — um perfil compatível com o de soldados romanos. Além disso, os ossos apresentavam ferimentos perfurantes e antigas lesões, sinais de que os indivíduos já haviam participado de outros episódios de violência.

Segundo os autores da pesquisa, a combinação de idade, força física e tipo de ferimento sustenta a hipótese de que as vítimas eram combatentes. A análise também revelou uma dieta predominantemente vegetariana, com consumo ocasional de carne e pouco peixe, e uma origem genética mista, comum entre as legiões romanas compostas por homens de várias regiões do império.

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O reflexo de um império em crise

A descoberta ajuda a compreender os efeitos diretos da instabilidade política que abalou Roma entre 235 e 284 d.C., quando o império quase colapsou sob a pressão de guerras civis, invasões e crises econômicas. Para especialistas, os esqueletos de Mursa ilustram como as disputas pelo poder no centro do império se traduziram em violência e desordem nas províncias.

Ainda que a hipótese mais provável seja a morte em batalha, os pesquisadores não descartam outra possibilidade: os homens poderiam ter sido vítimas de invasores das margens do Danúbio, que se aproveitaram da fragilidade das fronteiras romanas naquele período.

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