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Operação histórica devolve mais de mil animais traficados para Madagascar

Operação, considerada uma das maiores repatriações do mundo, é fruto de uma colaboração entre diversas entidades de combate ao tráfico

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 dez 2024, 14h16 - Publicado em 20 dez 2024, 14h14

Em um feito histórico para a luta contra o tráfico ilegal de animais silvestres, quase mil animais vulneráveis e ameaçados de extinção foram repatriados para Madagascar após serem apreendidos na Tailândia. A operação, considerada uma das maiores repatriações do mundo, é fruto de uma colaboração global entre diversas entidades de combate ao tráfico, governos e organizações não governamentais.

A apreensão dos animais ocorreu em maio, na província de Chumphon, sul da Tailândia. A polícia tailandesa, em uma operação conjunta com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês), a Comissão de Justiça da Vida Selvagem (WJC) e o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos (USFWS), interceptou um comboio de quatro veículos transportando centenas de tartarugas e dezenas de lêmures. A investigação levou as autoridades a uma fazenda próxima, onde foram encontrados mais animais, incluindo 179 tartarugas, 30 primatas e crocodilos juvenis.

No total, a operação resgatou 1.234 tartarugas, 48 lêmures, 30 primatas e outras espécies ameaçadas de extinção, avaliadas em mais de 2 milhões dólares no mercado paralelo. Entre os animais apreendidos estavam lêmures-de-cauda-anelada (Lemur catta), lêmures-marrons-comuns (Eulemur fulvus), tartarugas-aranha (Pyxis arachnoids) e tartarugas radiadas (Astrochelys radiata).

“A biodiversidade de Madagascar é globalmente única, mas muitas das espécies mais raras da ilha enfrentam pressão implacável do comércio ilegal”, disse Richard Scobey, diretor executivo da TRAFFIC, uma ONG que monitora o comércio de vida selvagem. “Este esforço de repatriação é um verdadeiro testamento do poder da colaboração internacional no enfrentamento da crise do tráfico de vida selvagem.”

Após a apreensão, a Fundação Real, através do seu programa United for Wildlife, mobilizou membros da sua Força-Tarefa de Transporte, a Qatar Airways Cargo e a Airlink, que concordaram em fornecer transporte gratuito para devolver os animais a Madagascar. O último envio de animais chegou a Madagascar em 12 de dezembro, e todos os animais foram avaliados e reabilitados antes de serem devolvidos a um ambiente apropriado.

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A repatriação dos animais é uma vitória significativa na luta contra o tráfico de animais silvestres, um crime que movimenta bilhões de dólares por ano. “Este é um feito sem precedentes na luta contra o comércio ilegal de vida selvagem e demonstra o grande valor da cooperação global para pôr fim a essas cadeias de fornecimento”, afirmou o Príncipe William. A operação também destaca a importância da colaboração entre países para proteger espécies ameaçadas e serve como modelo para combater o comércio ilegal de animais selvagens.

O sucesso da operação demonstra que o combate ao tráfico de animais silvestres requer um esforço conjunto entre governos, organizações internacionais e ONGs. É fundamental fortalecer a legislação, aumentar a fiscalização e promover a conscientização pública sobre os impactos devastadores do tráfico de animais. A repatriação desses animais para Madagascar é um passo importante na direção certa, mas a luta para proteger a biodiversidade global continua.

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