Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Oferta Relâmpago: Assine VEJA por 9,90/mês
Imagem Blog

Almanaque de Curiosidades

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Para quem quer ir além da notícia no mundo da ciência e tecnologia

Imagem revela dois buracos negros girando em espiral de morte

Registro inédito mostra os dois gigantes cósmicos emitindo jatos de energia enquanto se aproximam em rota de colisão, a bilhões de anos-luz da Terra

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 out 2025, 16h00

Pela primeira vez, astrônomos conseguiram registrar diretamente dois buracos negros supermassivos orbitando um ao redor do outro, em um movimento que os cientistas chamam de “espiral de morte”. A dupla foi observada no centro de uma galáxia conhecida como OJ 287, situada a cerca de 3,5 bilhões de anos-luz da Terra.

As imagens mostram dois jatos de partículas saindo dos buracos negros — um sinal de que ambos estão ativamente devorando matéria ao redor e liberando energia em altíssima velocidade. A descoberta, publicada no Astrophysical Journal, representa uma confirmação visual de um modelo teórico que há mais de quarenta anos tentava explicar o comportamento luminoso do quasar OJ 287.

Por que o evento é tão especial?

Quasares são galáxias extremamente brilhantes, alimentadas por buracos negros gigantescos que engolem matéria em um ritmo frenético. No caso de OJ 287, os cientistas suspeitavam, desde os anos 1980, que havia dois buracos negros em órbita, o maior com 18 bilhões de vezes a massa do Sol e o menor com cerca de 150 milhões de massas solares.

Durante anos, variações na luz emitida pela galáxia indicavam que o buraco negro menor atravessava periodicamente o disco de gás do maior — algo que só seria possível se ambos estivessem presos em uma dança gravitacional. Agora, com a nova imagem, essa hipótese foi finalmente confirmada.

Como foi possível observar algo tão distante?

Os pesquisadores usaram dados obtidos pelo observatório espacial RadioAstron, que combina antenas na Terra e no espaço para produzir imagens de altíssima resolução. A técnica é tão precisa que permitiria distinguir uma moeda deixada na superfície da Lua.

Continua após a publicidade

Ao analisar novamente os registros feitos em 2014, a equipe conseguiu identificar um segundo jato alinhado exatamente onde deveria estar o buraco negro menor, de acordo com modelos teóricos. O jato principal se estende em diagonal pelo núcleo galáctico, enquanto o secundário aparece como um feixe mais fraco, ligeiramente inclinado — a prova de que há dois buracos negros ativos no mesmo sistema.

Os cientistas esperam produzir novos mapas de rádio da galáxia nos próximos anos para acompanhar a evolução dos jatos e confirmar a estabilidade da dupla. O próximo alinhamento, segundo os cálculos, deve ocorrer na década de 2030, quando o jato secundário voltará a ficar visível.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

15 marcas que você confia. Uma assinatura que vale por todas.

OFERTA LIBERE O CONTEÚDO

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 3,99/mês
OFERTA EXCLUSIVA

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.