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Há animais que não gostam de tomar “banho de Lua”, diz estudo

Metade das espécies de mamíferos nas florestas tropicais ajustam seus comportamentos em resposta às fases lunares

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 out 2024, 15h21

Um estudo que utilizou câmeras de monitoramento de vida selvagem em três continentes revelou como as fases da Lua afetam no comportamento de mamíferos de florestas tropicais. A pesquisa, que analisou mais de 2,1 milhões de imagens de 17 florestas protegidas, destaca que, mesmo em alguns dos lugares mais escuros do planeta, como o solo de florestas tropicais, o luar pode influenciar significativamente a atividade animal.

Aproximadamente metade das 86 espécies de mamíferos estudadas alterou seus níveis de atividade ou o tempo de resposta à Lua cheia. Cerca de 30% das espécies evitaram o luar, enquanto apenas 20% buscavam sua luz. Entre aquelas com reações pronunciadas, 12 espécies se esconderam do luar, enquanto apenas três foram atraídas por ele.

LUAR DO SERTÃO Porco selvagem em Caxiuana, que busca a luz da lua cheia -
LUAR DO SERTÃO Porco selvagem em Caxiuana, que busca a luz da lua cheia – (Tropical Ecology Assessment and Monitoring Network/Divulgação)

O estudo sugere que o aumento da iluminação da Lua cheia muda o campo de jogo para predadores e presas. “Imagine brincar de esconde-esconde em um quarto escuro, e então alguém acende uma vela”, diz por meio de comunicado Richard Bischof, pesquisador da Norwegian University of Life Sciences (NMBU). “A luz, mesmo que fraca, pode facilitar para você encontrar o caminho pelo quarto. Mas se você é quem está se escondendo, de repente se torna muito mais fácil de detectar.”

Implicações ecológicas

As descobertas levantam preocupações críticas sobre como a luz natural e artificial afetam o comportamento da vida selvagem e a dinâmica do ecossistema. À medida que as florestas tropicais enfrentam ameaças crescentes de exploração madeireira e urbanização — levando à redução da cobertura do dossel e ao aumento da iluminação artificial — as implicações para o comportamento animal são profundas.

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PESQUISADOR Richard Bischof,, da Norwegian University of Life Sciences (NMBU) -
PESQUISADOR Richard Bischof,, da Norwegian University of Life Sciences (NMBU) – (NMBU/Divulgação)

Bischof observa que “a principal conclusão da nossa pesquisa é que a luz afeta o comportamento animal”, gerando mais perguntas sobre como as mudanças na iluminação podem impactar a atividade e as interações das espécies dentro desses ecossistemas.

Considerações sobre conservação

O estudo ressalta a necessidade de estratégias de conservação eficazes que levem em conta a influência da luz na vida selvagem. Com as florestas tropicais abrigando uma parcela significativa da diversidade biológica da Terra, entender essa dinâmica é crucial, pois os habitats continuam a ser degradados e fragmentados.

Além disso, a pesquisa destaca os riscos potenciais associados ao aumento da atividade da vida selvagem durante as luas cheias, incluindo um aumento nas colisões entre animais selvagens e veículos. À medida que os animais se tornam mais ativos em condições mais brilhantes, os motoristas devem ser particularmente cautelosos durante as noites de luar.

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