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Almanaque de Curiosidades

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Crânio incrustado em caverna grega pode pertencer a espécie humana extinta

Crânio descoberto na Grécia há mais de 60 anos pode ter pertencido a Homo heidelbergensis, espécie enigmática que conviveu com os Neandertais

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 ago 2025, 13h00

Descoberto em 1960 dentro da caverna de Petralona, próxima a Tessalônica, na Grécia, o crânio surpreendeu desde o início pela maneira como foi encontrado: incrustado na parede rochosa, recoberto por camadas de calcita que o protegeram por centenas de milhares de anos. Essa peculiaridade fez dele um dos fósseis mais intrigantes da Europa, mas também um desafio para a ciência. Sem mandíbula e preso ao calcário, passou décadas envolto em controvérsias. Uns diziam tratar-se de Homo sapiens arcaico, outros o associavam a Neandertais ou até mesmo a Homo heidelbergensis. As estimativas de idade variavam enormemente, indo de 170 mil a 700 mil anos.

Agora, pesquisadores do Instituto de Paleontologia Humana da França, conseguiram aplicar uma técnica de alta precisão — a datação por urânio-tório — diretamente nas camadas de calcita formadas sobre o osso. O resultado indica que o fóssil tem, no mínimo, 286 mil anos, podendo chegar a mais de meio milhão de anos, dependendo das condições de acoplamento inicial à rocha. Isso coloca o crânio no período do Pleistoceno Médio, quando diferentes linhagens humanas já coexistiam na Europa.

O que o crânio revela sobre nossa evolução

A anatomia do fóssil mostra que ele não pertence nem a Homo sapiens nem a Neandertais, mas a um grupo mais primitivo. Suas características lembram o famoso crânio de Kabwe, encontrado na Zâmbia e classificado como Homo heidelbergensis, reforçando a hipótese de que populações distintas sobreviveram na Eurásia enquanto os Neandertais se desenvolviam. Esse cenário confirma que a evolução humana não seguiu uma linha reta: diferentes espécies conviveram, competiram e, em alguns casos, cruzaram-se ao longo do tempo.

O estudo, publicado no periódico Journal of Human Evolution, não resolve definitivamente a identidade do fóssil, mas fortalece a ideia de que espécies humanas raras e pouco conhecidas dividiram espaço na Europa com ancestrais mais familiares.

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