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Alberto Carlos Almeida

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Opinião política baseada em fatos

Bolsonaro será reeleito?

O presidente da república, qualquer um, é favorito para ser reeleito ou, pelo menos, ir para o segundo turno

Por Alberto Carlos Almeida Atualizado em 24 jul 2020, 13h46 - Publicado em 24 jul 2020, 13h32

A pesquisa divulgada por VEJA e realizada pelo Paraná Pesquisa mostra Bolsonaro liderando as intenções de voto no primeiro turno e derrotando todos os adversários no segundo turno. A distância para as eleições de 2022 é grande, mas ainda assim a pesquisa é útil para fazer a todos os observadores da política caírem na realidade. É preciso não perder de vista que:

– o presidente da república, qualquer um, é favorito para ser reeleito ou, pelo menos, ir para o segundo turno;
– o PSDB de fato perdeu seu eleitorado para Bolsonaro, restará a Doria concorrer à reeleição;
– a disputa nacional é uma briga de cachorro grande, é isso que explica o baixo percentual de Flávio Dino.

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Não deveria surpreender ninguém a liderança de Bolsonaro em todas as simulações da pesquisa. Ele é o presidente da república, é ele quem pauta a mídia, faz campanha a favor de si mesmo e também contra si próprio, tuíta, levanta cloroquina para as emas e dezenas de outras peripécias midiáticas que o colocam no centro do noticiário. Muitos devem estar estupefactos face sua liderança, pois o número de mortes pela pandemia, que ele despreza, só faz aumentar e pode levar o Brasil a se tornar o campeão mundial neste lamentável indicador. Ele representa o Brasil. Não é de hoje que nossa população é indiferente às mortes absolutamente injustificáveis resultado do trânsito e da violência urbana. Os brasileiros se acostumaram a viver perto da morte, e para ter uma vida minimamente aceitável diante dela é preciso aceitá-la, naturalizá-la. Somente a economia poderá tirar o favoritismo de Bolsonaro. Neste sentido, de fato a pesquisa está muito distante do que viveremos em 2022.

O PSDB foi o grande responsável pela vitória de Bolsonaro em 2018 e a razão é simples. O partido de Fernando Henrique teve o voto das pessoas menos pobres e de São Paulo nas eleições de 2006, 2010 e 2014, porém, não soube reter esse eleitorado em 2018. Se o PSDB tivesse feito como Lula antes de ser preso, que realizou caravanas em todo o país começando, não por acaso, pelo Nordeste, para segurar seu eleitorado, certamente o presidente hoje seria Geraldo Alckmin e não Bolsonaro. A incapacidade dos tucanos de realizar esta tarefa permitiu o transplante de seu eleitorado para Bolsonaro, e a pesquisa indica que isso permanece. Doria, que governa quase 25% do eleitorado brasileiro, tem apenas quatro pontos percentuais de intenção de voto na pesquisa. O desempenho dele é tão sofrível que sequer aparece nas simulações de segundo turno. Seu destino, tudo indica, será disputar a reeleição para governador vestindo uma nova camisa Bolsodoria.

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Flávio Dino tem apenas 1,6% de intenção de votos nacionais. O desempenho dele é inversamente proporcional ao sucesso que faz no Twitter e nas lives. Isso apenas mostra o que todos já sabíamos, que a disputa presidencial tem grandes obstáculos. O que aconteceu com Bolsonaro em 2018 foi a exceção. Em 2014, por exemplo, Aécio Neves já tinha sido governador de Minas Gerais por dois mandatos e penou para conseguir a vaga no segundo turno. Seu estado é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, em torno de 10% dos votos, e o Maranhão tem apenas 3,4% dos eleitores nacionais, sendo o décimo primeiro em tamanho. Em 2022 haverá mais uma eleição plebiscitária, como ocorreu em 1998, 2006 e 2014, na qual o eleitorado escolherá entre manter o presidente ou votar em seu principal oposicionista. Dino está muito distante de ser a figura de principal oposicionista a Bolsonaro, esse papel cabe ainda ao PT.

Enfim, esta pesquisa nos retira da bolha das redes sociais e nos coloca de volta ao país como ele é ao consultar todo o eleitorado.

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