O banco digital Nubank lança programa de pontos. Um antigo desejo de sua clientela jovem
O brasileiro Nubank tem ganho força como um “banco alternativo”, que não cobra anuidade pelo cartão de crédito e cujas operações sempre se dão online, principalmente por meio de um aplicativo. Uma das críticas de clientes, porém, era a falta de um programa de fidelidade, de acumulação de pontos, para fazer frente à concorrência dos […]

O brasileiro Nubank tem ganho força como um “banco alternativo”, que não cobra anuidade pelo cartão de crédito e cujas operações sempre se dão online, principalmente por meio de um aplicativo. Uma das críticas de clientes, porém, era a falta de um programa de fidelidade, de acumulação de pontos, para fazer frente à concorrência dos “bancos tradicionais”. Pois, amanhã, o Nubank estreará uma iniciativa do tipo.
No programa do Nubank, os pontos serão contabilizados a partir dos gastos em reais, não em dólares, como é de costume. Com as “milhas” dará para comprar passagens, reservar quartos em hotéis e, para fazer jus à pegada moderna do banco, gastar com Netflix, Spotify e Uber. Entretanto, nada de listas de produtos variados, como é com cartões de outras instituições financeiras. “Queremos oferecer menos coisas, mas serviços que o usuário realmente necessita. Quem precisa comprar um conjunto de facas com os pontos do cartão?”, questiona Cristina Junqueira, fundadora da empresa, em entrevista à repórter Talissa Monteiro.
Até agora, a proposta moderna do Nubank já atraiu 5 milhões de clientes, sendo a maioria de jovens – 80% deles têm menos de 36 anos. A companhia afirma que a criação de um programa de pontos era a mudança mais pedida por esse público. Contudo, a novidade começará ainda em “beta”, em teste por 1500 pessoas. E o Nubank ainda não sabe como (e se) cobrará, de membros futuros, pela entrada no programa.
(Em tempo: será que isso indica o fim das tarifas zero do Nubank? A ver)
Para um banco que visa ser contemporâneo, plenamente digital, e uma opção diferente ao que já existe por aí, há ainda outro desafio. É possível continuar com esse perfil frente a demandas tão anos 90 quanto a de poder acumular “milhas” no cartão? Ou esses desejos mais, digamos, “tradicionais”, podem ser bem ajustados a esse clima de startup, sites, bancos completamente digitais, do século XXI?
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