Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

A Origem dos Bytes

Por Filipe Vilicic Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Crônicas do mundo tecnológico e ultraconectado de hoje. Por Filipe Vilicic, autor de 'O Clube dos Youtubers' e de 'O Clique de 1 Bilhão de Dólares'.
Continua após publicidade

Hackers de fundo de quintal teriam dado início à Vaza Jato? Assustador

Todo o cenário revela como as maiores figuras do poder nacional talvez não estejam tão preocupadas quanto deveriam com informações das mais sensíveis

Por Filipe Vilicic Atualizado em 25 jul 2019, 18h09 - Publicado em 25 jul 2019, 17h59

Não seriam espiões russos. Nem membros desgarrados da agência de inteligência nacional (como se deu no caso de Edward Snowden, ex-NSA, nos EUA). Então, realmente pode ser que golpistas da internet, daqueles tipos que faziam desavisados caírem em armadilhas como as da linha “clique no link dessa promoção”, capturaram mensagens trocadas entre autoridades que estão dentre as mais poderosas e populares do Brasil. Nesse vaivém, resta uma questão. Como raios figuras de tamanha importância são tão vulneráveis a artimanhas de malandros do mundo digital, que simplesmente sabem seguir dicas daquelas coletadas na deep web?

Relutava-se em aceitar que realmente hackers de fundo de quintal comprometeram até o celular do presidente da República. Porém, a história narrada agora é essa (e a ver quais serão os próximos capítulos da novela). Quando soube do cenário, lembrei-me de uma história ficcional. Essa veio de House of Cards, o antes ótimo seriado da Netflix, mas que nas duas temporadas finais perdeu força. Logo no início, quando o Francis Underwood de Kevin Spacey conquista a presidência dos EUA, o Serviço Secreto faz o que? Tira o celular pessoal das mãos dele, implica com um game multiplayer que ele jogava, e lhe dá um aparelho criptografado, todo desenhado pela NSA para que ninguém simplesmente acesse mensagens trocadas entre Underwood e sua contraparte russa.

Quando vi essa cena, interessou-me saber como seria na vida real. Foi no que descobri que Obama também não usava um iPhone qualquer. Ele só podia ter um celular dado pela NSA, restrito à comunicação com um grupo seleto de pessoas, à navegação na web e para ler notícias. O serviço secreto não permitia que ele usasse o dispositivo para, por exemplo, tirar fotos, enviar mensagens de SMS (nem poderia hoje realizar o mesmo via Telegram ou WhatsApp), nem para ouvir música.

Com Trump ocorreu algo similar. Em reportagem do jornal The New York Times, contou-se como o republicano teria se queixado da interferência do Serviço Secreto dos EUA, que tirou dele seu aparelho Android. Em troca, recebeu também um dispositivo todo calibrado pela NSA.

No Brasil, agora conta-se que invadiram o celular não só de procuradores e juízes. Mas também do presidente Jair Bolsonaro, de ministros (como Moro e Paulo Guedes), das mais altas autoridades. E usando uma técnica que qualquer garoto inteligente, daqueles que se enfurnam na deep web, poderia simular. Isso é assustador. Em outras palavras, pode indicar que conversas sigilosas, informações sensíveis, que envolvem o interesse nacional, podem estar vulneráveis mesmo diante de um garoto hacker.

Continua após a publicidade

Também deste blog
O que aprender com a invasão hacker de Moro, Deltan e Marina Ruy Barbosa?
Como o fim dos likes no Instagram afeta influenciadores
Instagram vicia menos que maconha? Quanta bobagem dita do fim dos likes!

Imagine então se um espião russo teria dificuldade de acessar dados do governo brasileiro (apenas para lembrar: o Telegram é russo). Ou a NSA dos EUA. Refletir sobre é ainda mais assustador.

Para acompanhar este blog, siga no Twitter, em @FilipeVilicicno Facebook e no Instagram.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.