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A boa e velha reportagem

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Conheça Ung Chang, o único cartola olímpico do país mais fechado do mundo

Ung Chang, de 77 anos, prepara-se para voltar para casa. Provavelmente, para sempre. Sua pátria é a Coreia do Norte, o país mais isolado do mundo, comandado por uma excêntrica dinastia de ditadores. O atual é Kim Jong-un, aquele que, segundo se noticiou, jogou o tio para ser devorado por cachorros. Chang é presidente de uma […]

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2020, 00h07 - Publicado em 13 nov 2015, 15h04
Ung Chang, o representante norte-coreano no COI, em foto publicada na revista Der Spiegel

Ung Chang, o representante norte-coreano no COI, em foto publicada na revista Der Spiegel

Ung Chang, de 77 anos, prepara-se para voltar para casa. Provavelmente, para sempre. Sua pátria é a Coreia do Norte, o país mais isolado do mundo, comandado por uma excêntrica dinastia de ditadores. O atual é Kim Jong-un, aquele que, segundo se noticiou, jogou o tio para ser devorado por cachorros.

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Chang é presidente de uma das entidades que se considera a verdadeira Federação Internacional de Tae Kown Do (há outras duas que carregam o mesmo nome e também uma Federação Mundial de Tae Kwon Do, com sede na Coreia do Sul). Por pouco tempo. Em setembro, em congresso na Bulgária, foi eleito um novo presidente, também norte-coreano. Chang foi nomeado, na mesma ocasião, presidente de honra vitalício da federação. Para a vida toda, sabe-se bem, é algo que agrada ao regime norte-coreano. Mas isso é apenas simbólico. O fato é que Chang terá que deixar sua casa em Viena, na Áustria, onde vive desde 2002, quando assumiu o comando da entidade. O convite foi feito por Choi Hong Hi, tido como criador da modalidade esportiva, em seu leito de morte. Se bem que Chang entendia mais de bolas do que de golpes, pois seu esporte original era o basquete. (Ele foi capitão da seleção nacional entre 1956 e 1967.)

O jornalista Alexander Osang acompanhou os últimos meses de trabalho de Chang para uma reportagem da revista alemã Der Spiegel, que pode ser lida aqui, em alemão, ao custo de 3,99 euros. Osang esteve com Chang em quatro ocasiões: em uma recepção em Nova York, em sua casa em Viena, em um congresso do Comitê Olímpico Internacional (COI) em Kuala Lumpur, na Malásia, e em Lausanne, na Suíça. Mas é difícil extrair uma informação relevante de um dirigente moldado na rigidez de uma ditadura e que, ainda por cima, carrega a responsabilidade de ser o único representante de seu país no COI desde 1996. O que se descobre é que ele usa o posto para conseguir cargos para parentes em entidades olímpicas ou estágios em equipes esportivas no exterior. Qual norte-coreano não quer aproveitar uma oportunidade, talvez única na vida, de sair de seu país-prisão? Os outros dirigentes são muito prestativos neste ponto. Um favorzinho para Chang custa pouco e ele tem fama de ser leal. Na hora de uma votação importante — a decisão da próxima sede dos jogos olímpicos, por exemplo –, Chang não decepciona.

Mas agora ele terá de voltar para a Coreia do Norte. Para sempre, quiçá.

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