Estima-se que a asma afete cerca de 340 milhões de pessoas pelo mundo, com centenas de milhares de mortes anuais sendo causadas pela doença. Agora, em um experimento pré-clínico conduzido com roedores, uma nova vacina mostrou-se eficaz em prevenir o desenvolvimento da asma, abrindo portas para um possível grande avanço na área.
O artigo que relata e explica os testes conduzidos foi publicado na revista científica Nature Communications no último dia 17. A ideia agora, comprovada a eficácia da vacina nesses animais, é seguir em direção a experimentos em humanos.
Quando o corpo humano é exposto a alérgenos, o organismo começa a produzir dois tipos de proteína, chamados IL-4 e IL-13, que geram uma reação exagerada nas vias aéreas, com a produção em excesso de muco, por exemplo. É isso que acontece nos casos de asma alérgica. Assim, para preveni-la, é necessário controlar a produção dessas duas proteínas.
A nova vacina foi capaz de induzir, nos roedores, a produção de anticorpos especificamente direcionados contra a IL-4 e a IL-13. Seis meses após a primeira injeção, 90% dos ratos apresentaram altos níveis desses anticorpos. Mais meio ano depois, 60% ainda apresentavam anticorpos capazes de neutralizar a atividade dessas proteínas.
Dessa forma, o imunizante foi eficaz em diminuir a produção de muco e reduzir a resposta exagerada das vias aéreas em casos de asma alérgica. Nenhum efeito colateral foi observado nos animais.