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Terra está em perigo em quase todos os parâmetros ecológicos, diz estudo

Sete dos oito limites de segurança estabelecidos cientificamente já foram ultrapassados

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 jun 2023, 12h11
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  • O aquecimento global é uma questão que emergiu ao longo das últimas décadas e que, agora, já se aproxima do seu ponto de não retorno. De acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira, 31, na Nature, esse está longe de ser o único problema que deveria gerar preocupação – hoje, sete dos oito limites de segurança ambiental estabelecidos pela ciência já foram ultrapassados. 

    A pesquisa liderada pelo grupo científico internacional Earth Commission avaliou todos os parâmetros: clima, poluição do ar, contaminação das águas com resíduos de fertilizantes, reservas aquáticas subterrâneas, água doce superficial, ambientes naturais não construídos e meio ambiente. 

    Poluição do ar, embora tenha atingido níveis críticos em algumas regiões, é o único que ainda não ultrapassou os limites que colocam em risco o ecossistema global. Todos os outros parâmetros cruzaram as barreiras que definem o perigo como muito alto. 

    Os cientistas afirmam que isso não significa que tudo está perdido, mas alertam que a humanidade está indo na direção contrária da que garantiria a segurança da comunidade global. Se o planeta fizesse um check-up anual “nosso médico diria que a Terra está realmente muito doente, está doente em muitas áreas ou sistemas diferentes e que esta doença também está afetando as pessoas que vivem nela” afirmou a co-presidente da Earth Commission, Joyeeta Gupta.

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    A cura, sugerem os cientistas, envolve medidas que já são amplamente difundidas, como reduzir o uso de energias não renováveis e remediar sistemas aquáticos e terrestres. 

    Esse é o primeiro estudo que traz uma metodologia sólida para avaliar todos esses aspectos simultaneamente, mas essa não é a única novidade. Os pesquisadores ainda sugerem maneiras de aliar justiça e sustentabilidade, o que envolve sugerir novos parâmetros que garantam que grupos diferentes de pessoas – entre gerações, etnias ou nacionalidades, por exemplo – não sofram mais do que outros. Resta saber se todo esse esforço resultará em mudanças práticas que possibilitem uma vida mais saudável para todos.

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