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‘Super-Terra’ é descoberta a apenas 39 anos-luz do Sol

Astrônomos encontraram um planeta rochoso com 6,6 vezes a massa da Terra orbitando uma estrela próxima do nosso sistema solar

Por Leticia Fuentes Atualizado em 19 abr 2017, 15h17 - Publicado em 19 abr 2017, 15h16

Uma nova “super-Terra” foi descoberta por cientistas, aponta um estudo publicado nesta quarta-feira na revista Nature. O planeta, batizado de LHS 1140b, tem composição rochosa e orbita uma estrela anã-vermelha próxima do nosso sistema solar, a 39 anos-luz (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros) do Sol – o que, em termos cósmicos, é considerado relativamente perto.

Com uma massa 6,6 vezes maior do que a da Terra, LHS 1140b está localizado dentro da zona considerada “habitável” de sua estrela, o que significa, segundo os cientistas, que pode existir água líquida em sua superfície. Isso porque o astro central, LHS 1140, é uma estrela fraca, avermelhada e pequena, com apenas 60% da massa do Sol. Assim, ela não expõe o exoplaneta – chamado assim porque fica fora do nosso sistema solar – a uma radiação solar tão intensa.

Utilizando telescópios para fazer medições em LHS 1140b, os pesquisadores descobriram que ele guarda algumas semelhanças com o nosso planeta. Apesar de seu raio ser 1,4 vezes maior do que o da Terra, assim como ela, o corpo celeste apresenta uma composição rochosa e provavelmente foi formado em sua localização atual, sofrendo pouco ou nenhum deslocamento desde então. Os autores do estudo chegaram a essa conclusão porque a órbita do exoplaneta, que tem uma trajetória circular, não passou por alterações significativas desde que ele surgiu.

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Além disso, a equipe de cientistas também afirma que, por orbitar uma estrela pequena e bem próxima da Terra, telescópios atuais seriam capazes de identificar gases específicos na atmosfera do astro – se ela existir. “Atmosferas de planetas do tamanho da Terra são acessíveis para serem observadas por meio de espectroscopia de transmissão quando eles passam em frente a essas estrelas”, escrevem os autores no artigo.

Os cientistas ressaltam, no entanto, que estudos mais aprofundados são necessários para descobrir informações precisas sobre a órbita do exoplaneta, determinando suas características climáticas e se ele pode ser habitável ou não.

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